EVOLVE – Digital Transformation Summit 2025
“A transformação digital começou há muitos anos, mas a tecnologia tem vindo a acelerar. E a IA está cada vez mais presente nos casos de transformação digital. O que vemos hoje é uma mistura entre esta tecnologia e outras, mais clássicas. Mas estamos a deixar muitas coisas nas mãos da tecnologia e há um tema que começa a surgir, que é o da confiança”
“Se por um lado, as empresas estão a poupar recursos e a ganhar eficiência, fazendo com que o negócio se desenvolva, por outro têm de garantir que a proposta de valor continua a ser a mais adequada. Como o fazemos? Com confiança digital. O que passa pela responsabilidade. Não podemos deixar a tecnologia fazer as coisas por si só”
“O que vamos ver com estes casos são os primeiros exemplos, já com alguma maturidade, de utilização de tecnologias, incluindo IA, para criar propostas de valor. Mas temos de pensar também com responsabilidade. Com estes casos, espera que se perceba como se tornam reais com pessoas. Como podemos fazer algo que nos permita criar valor de uma forma que faz sentido? Claramente com pessoas. As empresas diferenciam-se e distinguem-se pelo conhecimento tácito, pelo know-how. Só com o papel das pessoas num processo de aprendizagem e de criação de valor é que faz sentido”
O projeto surgiu no âmbito ao lançamento de um programa de transformação do modelo de distribuição e de serviço a cliente do Novo Banco. Uma das vertentes foi a transformação do serviço a cliente para todos os canais do banco, com vista a melhorar o serviço num conjunto de KPIs e objetivos que queriam ver alcançados. Foi neste contexto que surgiu o Inbound Orchestrator, destinado a: centralizar todas as comunicações inbound do cliente e otimizar a sua distribuição, potenciar a adoção de use cases de autoserviço de cliente, suportados por capacidades de IA; maximizar o atendimento e a conversão de oportunidades junto dos clientes; dotar a rede de novas capacidades de relacionamento; e dotar as áreas centrais de ferramentas de monitorização e controlo do serviço a cliente. A solução encontrada pela Accenture foi a plataforma de CTI da Talkdesk, que serviu a maioria dos casos de uso e capacidades tecnológicas necessárias (voz, e-mail, webchat, vídeo-conf, whatsapp, use cases IA). O processo implicou a alteração de processos e um esforço grande na gestão da mudança e mostra que é possível capacitar uma rede de balcões para operar como um contact center e ganhar eficiência e aumentar os níveis de serviço e satisfação do cliente.
“O novobanco passou uns anos muito difíceis, de desinvestimento e contenção de custos grande. Em 2018, o estado da rede de retalho estava péssimo. Era preciso fazer uma grande transformação e montou-se todo um projeto para mudar a área comercial. O processo obrigou a repensar a área comercial de forma completamente distinta, com componente digital, telefónica e presencial”
“Quisemos desviar o atendimento telefónico para os agentes virtuais e depois para os balcões mais libertos em termos de trabalho. Este projeto nasce da necessidade de combinar atendimento telefónico com IA. Hoje temos um sistema onde quem telefona é atendida por uma assistente digital e em função do assunto, vai para o balcão disponível. Com distinção dos assuntos”
“No futuro, queremos evoluir, tal como a IA está a evoluir muito rapidamente. Neste momento, já estamos a pensar em mudar para garantir mais valor acrescentado. É sempre possível melhorar, depois de um ano e meio de produção.”
– Conceição Matos – Transformation Director, NOVO BANCO
“Este projeto é muito ambicioso e inovador em muitos aspetos. A tecnologia como enabler do negócio coloca aqui muitos desafios. como responder a todas as obrigações que existem para o mercado da banca. Depois, a omnicanalidade, que se fala muito. Temos não só de garantir o atendimento, mas de envolver as pessoas que estão ao balcão. Implica que adoção tenha de acontecer e há processos que terão de ser adaptados, pelo que a gestão da mudança tem que ser grande
“Existe ainda toda uma componente de informação a gestão que é necessária, com reporting sobre o que está a acontecer. Para se perceber se estamos no caminho certo e que decisões são necessárias para poder indo implementado novas melhorias”
“A plataforma assenta cada vez mais na IA, especialmente com o aparecimento da GenIA e da IA agentica. Vai resolver casos de uso mais simples e retirar às pessoas as tarefas que têm menos valor acrescentado, para se poderem fazer alguns processos de forma automática e tornando toda a operação muito mais eficiente”“O caminho é trazer o que é a melhor tecnologia e fazer evoluir a que têm. A IA oferece coisas cada vez melhores, que trazem novas oportunidades de automação e de personalização, que é o que todos ambicionamos em termos de contactos. E as coisas acontecem a grande velocidade”
– Rodolfo Vale – Sales Director Iberia, Talkdesk
“Aconteceram três fatores que tornaram relevante a participação da Accenture. A começar pela capacidade experiência de desenvolver projetos de omnicanal ou a parceria que já tínhamos com a Talkdesk. Outra componente foi a visão partilhada com o novobanco do que é que deveria ser este serviço e o papel a desempenhar pela IA neste contexto”
– António Brancal Ribeiro – Senior Manager de Technology, Accenture Portugal
Quais são os elementos fundamentais de transformação digital de um regulador setorial como a ANACOM? Sobretudo quando está a ganhar crescentes competências no âmbito digital e tecnológico? Ainda recentemente, o Governo anunciou que a ANACOM será a entidade responsável pela regulação da IA em Portugal, assumindo o papel de autoridade nacional no âmbito da aplicação do AI Act. Como garantir uma smart regulation? Neste use case, vão ser apresentados exemplos do que está a ser concretizado neste contexto.
“A ANACOM está aqui com três papéis diferentes: garantir que a inovação acontece respeitando os direitos dos consumidores; enquanto regulador que estabelece as medidas para a definição de políticas públicas, nomeadamente nas infraestruturas; e o regulador enquanto utilizador de infraestruturas e da capacidade tecnológica existente”
“Temos um conjunto vasto de setores para regular do ponto de vista tecnológico e as responsabilidades continuam a alargar. E temos desafios, face à inovação tecnológica cada vez mais rápida, no equilíbrio dos interesses de todas as partes. Fazemos esta gestão num contexto cada vez mais complexo, porque a velocidade da inovação é exponencial. E temos barreiras institucionais e geopolíticas e a pressão e capacitação de recursos, além da pressão políticas e de ter de ligar com um conjunto muito alargado de novas regulações europeias”
“Como é que um regulador, neste contexto, consegue desenvolver a sua atividade de forma eficaz, quando a regulação se quer smart, baseada em dados, ex-ante e quase em tempo real? Não o podemos fazer sozinhos. Tem de ser colaborativa com o próprio mercado que regula. E ser human-centric”
“Mas como podemos responder em termos de gestão interna? Num regulador, temos todas as áreas de qualquer organização tem de ter, além da avaliação de impacto da nossa atuação sobre o mercado, regulatória e legislativa. E temos de atuar sobre o mercado na nossa missão. Um regulador produz informação a partir de uma matéria-prima que é a informação que é recebida e tratada. Em termos de smart regulation, significa ter capacidade de processamento e de recolha da informação. O que significa que uma boa parte da nossa ação tem a ver com a governação de dados, até porque os setores que regulamos são cada vez mais interdependentes”
– Augusto Fragoso – Diretor Geral de Informação e Inovação, ANACOM – Autoridade Nacional de Comunicações
A necessidade de transição dos dois data centers locais em Portugal para uma infraestrutura cloud única, para dar suporte a operações globais levou a Sovena, grupo que atua nas áreas da agricultura, produção animal, caça, silvicultura e pesca, a desenvolver um projeto de modernização da sua infraestrutura. A solução passou por uma migração completa para AWS dos mais de 80 servidores do grupo, que opera em nove países de três continentes e tem maus de 15 fornecedores externos envolvidos. Entre as vantagens já percebidas estão a melhoria do desempenho (relatórios SAP três a cinco vezes mais rápidos), uma maior escalabilidade, assim como melhor eficiência de custos e um suporte operacional global. O processo implicou uma aprendizagem de tecnologias AWS pela equipa, assim como uma mudança de mentalidade e novos padrões de colaboração. Implicou ainda um compromisso da liderança, a adoção de novos processos de tomada de decisão em TI e o foco numa estratégia cloud de longo-prazo.
“Na migração para a cloud, os nossos clientes já não procuram apenas a redução de custos. Por isso, para ajudarmos na migração e transformação para a cloud, temos um programa – o mais testado da indústria- que ajuda a acelerar a modernização das empresas. Assenta numa metodologia criada pela AWS, que tem vindo a ser aprimorada ao longo dos anos para acelerar essa transformação”
“Quando falámos dos desafios de negócio da Sovena e como podíamos trabalhar com a tecnologia, ficou claro que esta era a melhor solução. Depois, foi um trabalho de parceria”
“A segurança é um ponto essencial para a AWS e o mais importante. Vem antes de tudo. Por isso temos 38 regiões e vamos inaugurar uma cloud soberana europeia até final do ano. Acreditamos que vamos continuar a construir com todas as empresas europeias”
– André Rodrigues – Country lead Portugal, Amazon Web Services (AWS)
“Quando fizemos a tomada de decisão de migração para a cloud, não havia muita dúvida. Tínhamos um sistema legacy muito antigo. Isto foi um contrato de fé. Foi fácil tomar a decisão, com uma lógica de uma base de redução de custos, que não aconteceu, mas com a qual ganhámos muito mais benefícios. Abrimos a um potencial muito maior do que tínhamos antecipado”
“Somos um dos maiores traders mundiais de azeite e o maior vendedor do mundo deste produto. As nossas operações não são simples, pois a nossa cadeia de valor é complexa e com grande dispersão geográfica, além de fábricas em vários países. O processo passou por uma reconfiguração de toda a rede e estamos agora numa reconfiguração dos processos SAP. Não queríamos criar uma gigante de pés de barro”
“Tivemos um bom racional e uma lógica entre o que queríamos fazer de migração para replicação. Tivemos 80% de migração para replicação e em 20% dos casos em que fizemos reinstalação. Agora, estamos a fazer pequenos ajustes e acertos. A migração foi um êxito absoluto. Falamos de migrar 80 servidores no espaço de dois meses. E de um legacy de muitos anos de uma empresa que foi crescendo por aquisições. Finalmente temos uma infraestrutura única”
– Eduardo Alves da Silva – CFO & CIO, Sovena Group
No combate ao tráfico de droga, o desafio das autoridades é monitorizar eficazmente as águas e detetar e classificar as embarcações utilizadas. Estas têm características concretas identificáveis: lanchas longas e pontiagudas, com mais de um motor, jerricans de combustível e fardos de drogas a bordo. E ainda que o controlo já envolva equipamento sofisticado, como drones e câmaras de alta-definição, a dependência do fator humano ainda é grande, implicando muito tempo e eventuais erros. Para endereçar estes constrangimentos, a Autoridade Marítima Nacional testou, no âmbito do exercício de experimentação REPMUS da Marinha, uma solução desenvolvida pela Capgemini que envolve o desenvolvimento de modelos de IA para identificar, nos streams de vídeo dos drones, as embarcações, assim como a sua classificação em níveis de prioridade no seu seguimento, dependendo do seu conteúdo. O projeto garante uma automatização da vigilância marítima no combate à droga, diminuindo a dependência do fator humano no processo. Com ele, promete-se revolucionar as operações de vigilância marítima e combate à droga, podendo ainda ser alargado a outras áreas, com o combate à pesca ilegal ou até aos conflitos militares.
“Atendendo à dimensão do espaço marítimo nacional, é difícil garantir uma vigilância eficaz e eficiente, se feita da forma tradicional. Pelo que procuramos implementar métodos de vigilância remota, onde se inserem os veículos aéreos não tripulados. E os sensores que estes têm impactam muito a qualidade dos dados que vamos obter, assim como a capacidade de processamento destes dados”
“Estamos ainda muito atentos à capacidade de organizar os dados recolhidos e de os traduzir em conhecimento. Porque é com base neste conhecimento que vamos tomar decisões mais atempadas e em menor espaço de tempo. É aqui que reside este desafio de desenvolver a solução, com ligação muito estreita entre a comunidade operacional e quem está no desenvolvimento das soluções tecnológicas para contornar os problemas”
“No desenvolvimento desta tecnologia que identifique as embarcações de alta velocidade usadas e disponibilize um modelo preditivo, colocámos os nossos profissionais mais preparados. Agora, temos de olhar para isto e perceber que temos de dar maturidade para todo o processo, para o trazer do patamar experimental para o patamar operacional. Sentimos a necessidade de o tornar suficientemente agnóstico, para ser utilizado com imagens vindas de diferentes dispositivos. E dar-lhe a capacidade de integração de dados vindos de fontes totalmente diferentes, para enriquecer este modelo preditivo”
– João Gaspar – Capitão-Tenente da Marinha Portuguesa/Autoridade Marítima
“O projeto começou à cinco meses atrás, para desenvolver uma plataforma que conseguisse identificar os barcos utilizados para o narcotráfico detetadas pelos drones. Os desafios foram vários, porque sabíamos que era impossível ter um único modelo para as várias situações que existem. Por isso, criámos modelos específicos e segmentados, que respondem a situações concretas”
“Fala-se muito de de uma IA mágica. Aqui, não houve prompts ou chatboots que nos permitissem identificar um modelo. Tivemos de sintetizar e criar imagens e transformámos as imagens diurnas e noturnas para treinar o modelo. Claramente, a tecnologia aqui cria um valor muito acrescentado à Marinha”
“Estamos na fase prova de conceito e existe ainda muito caminho pela frente. E há um conjunto de outras melhorias que queremos implementar. Os passos que temos feito dão confiança que não temos a menor duvida que o projeto vai criar valor. E queremos expandir a visão, integrando mais informação de outros devices com câmaras”
– João Neves – Diretor de Tecnologia e Inovação, Capgemini Engineering
“Quando a IA encontra um propósito, algo se transforma e nasce. Este foi um caso disso. A Microsoft é o pilar tecnológico do projeto, com uma base robusta, escalável e segura. Com transformação dos dados em inteligência operacional. A escalabilidade permite ligar com um grande volume de dados e capacidade de resposta mais rápida. Com segurança e conformidade. Permite a integração de IA, para acelerar a própria solução, e um armazenamento otimizado”
“A solução evolui de acordo com as necessidades, com eficácia e flexibilidade. Com a escalabilidade desta solução, o céu é o limite. É infinita. Depende dos modelos e das necessidades. Aqui é o exemplo como a tecnologia avançada consegue ter um papel central numa atividade crucial”
– Teresa Zawerthal da Silveira – Public Sector Account Executive, Microsoft Portugal
A meta era ambiciosa: expandir o cadastro simplificado a todos os municípios, com vista ao registo de propriedade e ao conhecimento do território nacional. É que pelo menos 60% do país não tinha cadastro geométrico. A solução encontrada pelo BUPI, em parceria com a CGI, assente em SIG – Sistemas de Informação Geográfica, centra-se no cidadão e permite um registo geométrico da localização de propriedades. O resultado? Já foram identificadas cerca de 3 milhões de propriedades no Centro e Norte do país, que cobrem 37% do território das duas regiões e correspondem a 1,5 milhões de hectares. Tudo graças à criação de mapas digitais, que permitem ajudar os cidadãos a localizar e identificar as suas propriedades, alimentando uma base de dados geográfica para dela retirar indicadores e informação crucial para o conhecimento e gestão do território tanto a nível local, como regional e nacional. A solução integra diversos algoritmos, com diferentes finalidades, incluindo algoritmos de geoprocessamento para localizar terrenos com base no artigo matricial, algoritmos de validação da qualidade dos dados, e mecanismos de partilha de informação com entidades parceiras e os 174 municípios abrangidos pelo projeto.
“O Balcão Único do Prédio é uma estrutura de missão criada no Ministério da Justiça para o cidadão fazer o registo das suas propriedades, sobretudo em concelhos onde não existia cadastro. O projeto nasce na sequência dos com os graves incêndios de 2017, pois havia um total desconhecimento dos donos das propriedades. O Estado queria indemnizar e contribuir para melhorar a situação das famílias, mas não sabia a quem endereçar o problema. Assim, projeto foi destinado a endereçar esta necessidade e uma situação de ‘elefante negro’, de um evento que se sabe que vai acontecer e que quando acontece tem um impacto enorme”
“É necessário haver um conhecimento do território e passaram-se décadas e nada foi feito. Sendo que o problema a norte do Tejo mais grave, porque as propriedades são de muito menor dimensão. Agora, é a tecnologia que ajuda a de uma forma mais expedita dispor de toda esta informação. Cada um e de forma colaborativa, que é uma das grandes mais-valias do projeto, contribuem para a informação do cadastro. Completando o puzzle com tecnologias de identificação e inteligência geográfica”
“Há todo um universo de soluções que podem ser criadas em torno desta informação que agora é disponibilizada. Cerca de 37% do território já está identificado, expondo o que de facto existe. Quando há um conflito, as pessoas são convocadas para realinhar os limites das respetivas propriedades, propondo-se que seja resolvido no momento. Senão, podem avançar para a justiça”
– Rodrigo Dourado – Técnico Especialista, eBUPi – Estrutura de Missão para a Expansão do Cadastro Simplificado / Digital Land Registry
“O imposto para pagar chega a casa, mas o cadastro pode nem existir. O eBupi tem uma ferramenta ao cidadão onde este pode registar a sua propriedade de forma gratuita, ou digitalmente, à distância, ou na sua junta de freguesia ou autarquia. É uma ferramenta geoespacial que tem um conjunto de ferramentas que ajudam a desenhar o polígono e confrontar a sua parcela de terreno com as dos vizinhos de forma muito simples”
“O projeto evita deslocações e valoriza o património, tornando o processo de registo predial todo mais transparente, porque é o único local onde fica feito. É uma ferramenta disponível para todos poderem contribuir para o cadastro nacional a Norte do Tejo. Foram desenvolvidos um conjunto de metodologias e algoritmos que estão relacionados com o posicionamento ou a localização do terreno”
– Luís Fatela – Director Consulting Services, CGI
O objetivo era criar uma solução de IA generativa segura e acessível a todos os colaboradores, cultivando um ambiente de melhoria contínua com inovação descentralizada, para potenciar a eficiência, tornar a segurança de dados uma prioridade e a organização mais ágil e adaptável. Nesse sentido, o Pestana Hotel Group fez uma parceria com a Claranet Portugal, que desenvolveu uma solução que responde aos requisitos de forma integrada e inovadora, com base em modelos de GenAI implementados on-premises e assente numa infraestrutura dedicada, exclusiva e otimizada para IA. O desafio tecnológico foi disponibilizar modelos de GenAI, nomeadamente LLMs (Large Language Models), para toda a estrutura do grupo, de forma segura, para responder aos seus três pilares da estratégia de inovação: melhorar a experiência do cliente, aumentar a eficiência das operações e preparar a organização para o futuro. O processo incluiu um programa de formação abrangente para toda a equipa do grupo hoteleiro, para capacitar os colaboradores a tirar o máximo partido da solução e a utilizar outras ferramentas de IA generativa disponíveis no mercado, de forma consciente e segura.
“Grupo tem mais de cinco mil colaboradores. O que gostamos é de servir pessoas. A tecnologia é sempre vista como um enabler e temos desenvolvido vários formatos de serviços e várias opções. Achamos que a tecnologia nos pode ajudar bastante, mas temos de pensar como a podemos utilizar de forma segura. Como o caso da IA, onde tivemos de começar por proibir o uso pelos colaboradores de forma individual”
“Tivemos de avançar com uma solução genérica para ajudar os colaboradores e melhorar a experiência do cliente. Tinha se ser rápida e completamente disponível nos 17 países onde estamos presentes a todos os colaboradores. Com capacidade para permitir atacar temas de produtividade individual, mas que fosse além disto: para alterar e melhorar processos. Por isso criámos uma solução que consideramos segura, que é igual a outras plataformas, com os dados do grupo, que permitiram vários modelos, de acordo com as áreas e temas”
“Estamos perante uma disrupção na forma como procuramos viagens e cada vez mais utilizamos IA para fazer pesquisa. Esses motores quando recomendam um hotel baseiam-se em reviews que validam como verdadeiros. Portanto a qualidade e curadoria dos reviews do grupo é uma prioridade. Precisámos de formar os colaboradores, pois tínhamos de aumentar bastante a adoção e a awareness, o que num grupo hoteleiro não é fácil”
“Estamos fazer outras coisas com IA. Nas lições aprendidas: isto tem de ter governo, seja uma solução mais ou menos pública. Apesar de haver muita gente a falar, a adoção dos humanos ainda é feita com alguma resistência. A tecnologia pela tecnologia cativa-nos. Mas há pessoas que têm de ser cativadas de outra forma. E não vem para substituir ninguém, mas para aumentar a capacidade das pessoas. Torna-nos melhores humanos”– Gonçalo Marques Oliveira – Executive Board Member & CIO, Pestana Hotel Group
“Criar a solução não foi um desafio complicado, porque já a desenvolvíamos e já tínhamos experiência de saber fazer. O desafiante foi combinar esta solução privada com LLMs públicos quando não há temas de privacidade de dados. Tivemos ainda de pensar qual o LLM mais adequado para correr na infraestrutura, de uma forma equilibrada”
“A parte da formação foi fundamental dos colaboradores do Grupo Pestana para o sucesso da plataforma. As pessoas têm de ter a noção de como utilizar a plataforma. Neste momento a utilização da plataforma está a ser potenciada de uma forma muito grande. Ficámos surpreendidos com o ritmo de adoção. A utilização foi massiva, nestes quatro a cinco meses de aplicação”– Vasco Afonso – Executive Director, Claranet Portugal
O propósito foi agilizar a identificação do histórico do paciente, auxiliando a tomada de decisões mais informadas pela Fundação Champalimaud. Pretendia-se transformar a forma acompanhar e tratar os pacientes, integrando ferramentas inovadoras para melhorar a experiência do doente, personalizar cuidados e otimizar processos clínicos. O desafio foi endereçado pela Deloitte, através do European Healthcare CoE (Center of Excellence), para encontrar uma solução assente em GenAI para otimizar processos administrativos e clínicos, automatizar tarefas repetitivas e permitir uma análise mais ágil e precisa de grandes volumes de dados clínicos. No contexto de saúde dos doentes, pretendia-se possibilitar diagnósticos mais rápidos e precisos, acelerar a compreensão dos históricos e investir num acompanhamento contínuo e proativo, ajustado às necessidades específicas de cada paciente. Já implementada, usando o cancro do pulmão como ponto de partida, a GenAI Streamlining Patient Onboarding Process permitiu à Fundação agilizar processos e a jornada do paciente, sem comprometer a qualidade do atendimento.
“A Fundação Champalimaud aposta numa medicina personalizada e no pacient engagement. A GenAI dá-nos alguma facilidade na agilização de processo de onboarding, perante uma doença complexa como o cancro. Normalmente, os pacientes vêm de outras unidades e temos o problema da gestão dos dados dos processos clínicos antes da primeira consulta. Além disso, cerca de 12% dos pacientes são internacionais, com processos multilingues. E os dados vêm ainda de uma forma não estruturada”
“A tecnologia também tem um papel a desempenhar na re-humanização dos cuidados de saúde. A solução permite fazer perguntas ao registo clínico e todas as respostas apresentadas referenciam sempre documento original. Estamos a ver ganhos na ordem dos 25% de tempo de consulta. E reduzir os vieses da informação sumarizada, regressando-se aos documentos originais. Este tipo de approach permite tomar decisões melhores para os doentes”
“A geração de confiança entre os médicos e a solução é um desafio. Mas o médico tem sempre um método de validação, o que foi um passo muito importante para a adoção desta solução, que garante a personalização dos cuidados. E os doentes também estão contentes com a interação”
– Pedro Garcia da Silva – CIO, Champalimaud Foundation
“Fizemos uma parceria tripartida com a Fundação Champalimaud e a Google. Aliámo-nos neste contexto muito sensível, utilizando tecnologia da Google. A solução utiliza os LLMs num contexto particular, que permite analisar e estruturar toda a informação trazida no paciente, garantindo que o médico dedica tempo a cuidar do paciente e não desperdiçar tempo em analisar processos. Permite sintetizar e organizar a informação, com capacidade para garantir que o medico interaja de forma dinâmica e fazer pesquisa inteligente”
“Temos um IA Assistant que dá as respostas, analisa e sumariza, reduzindo o tempo do processo. Falamos de exames totalmente distintos, de todo um conjunto de informação que chega de forma não estruturada e tem de ser estruturada e sintetizada. Sempre com referência pra o respetivo exame, para uma análise rápida e dinâmica. Mas há ainda alguma relutância dos médicos, que é natural, sobretudo num setor como a Saúde. Estamos a falar de uma tecnologia recente, que ainda está a evoluir. É preciso deixar claro que não é para substituir, mas para melhorar e tornar a profissão mais humana”
“Vejo a evolução da GenAI de forma entusiástica, mas cautelosa. Vamos ter cada vez mais soluções com autonomia, mas sempre com controlo humano. Não vamos substituir ninguém. A diferença é que vão deixar de fazer tantas tarefas e a supervisionar mais”
– Filipe Ganhão – LifeScience & Healthcare Technology & Transformation Lead Partner, Deloitte
Gerir e controlar os custos crescentes num ambiente multi-cloud era o desafio da Galp, que enfrentava aumentos anuais significativos e baixa visibilidade sobre esses custos. Para o endereçar, lançou, em parceria com a Devoteam Portugal, a iniciativa FinOps, baseado na framework da FinOps Foundation. A meta foi otimizar a utilização de recursos, dando visibilidade e transparência dos custos de cloud às direções e assegurando a sensibilização das equipas internas para a importância da gestão desses custos. O projeto incluiu a criação de uma equipa FinOps conjunta e iniciativas como a implementação de um modelo operacional, seleção de ferramenta BI e iniciativas de tagging. Os resultados foram encorajadores e provaram que o programa foi crucial para garantir uma estratégia de cloud sustentável: mais visibilidade de custos, poupanças e dinamização de outras iniciativas, como uma melhor organização dos recursos cloud, maior eficiência na sua utilização, mais controlo nas permissões de acesso e uma mudança cultural, com a consciencialização dos custos da cloud.
“A jornada de FinOps da Galp é muito mais que transformação digital, é uma jornada de mudança cultural e de minset das equipas. Foi identificado que os custos de cloud eram os mais altos da empresa e que todos os anos aumentavam, sem serem compensados ou por reduções noutras áreas ou com mais receitas. Além de haver dificuldades de se perceber onde se estava a gastar. Faltavam ferramentas em tempo real para perceber. Os recursos existiam na cloud mas não estavam identificados, nem os processos ou as aplicações suportavam”
“Foi neste contexto que procurámos ajuda para trazer um parceiro que ajudasse a fazer o caminho de um projeto para tornar a gestão dos custos financeiros da cloud sustentáveis. Tivemos num ano mais de 600 iniciativas implementadas e aumentámos os workloads. Já atingimos uma otimização anual de 2,4 milhões de euros, 30% do que era o nosso custo de cloud. Os resultados foram extraordinários”
“Este processo é contínuo e mantemos uma equipa especializada de FinOps para garantir uma gestão eficiente dos recursos de cloud. Queremos aumentar nos níveis de automatização e continuamos a formar as equipas. O próximo elefante na sala será a IA, sendo que o tema das FinOps é de responsabilidade partilhada, de todos os que têm impacto nas decisões que envolvem os recursos que temos em cloud. Mas somos muito mais ativos na tomada de decisões”
“A framework que aplicámos para a cloud pode ser usada noutras áreas. Como os temas da IA. Já começamos a movimentar as equipas, mas é fundamental que a jornada comece devagar”– Inês Santos – Head of Strategy, Portfolio and Performance, Galp
“Este foi um exercício multidisciplinar, com o apport da experiência da Devoteam noutras situações e aferindo-se depois o nível de maturidade da Galp nestas temáticas. Para conseguir otimizações, rapidamente identificámos poupanças imediatas e garantimos que o programa de transformação tivesse resultados tangíveis desde o primeiro momento. Com oportunidades rápidas para garantir o retorno do investimento e processos e políticas, assim como o envolvimento das pessoas”
“Entre as ações concretas tentámos manter um governo centralizado e fazer um exercício de responsabilização das equipas, o que é complexo. Já temos a visibilidade do universo cloud da empresa e dos processos que o suportam. Além disso, tivemos de garantir a visibilidade em tempo real, através de uma ferramenta simples. Foi feita usando uma ferramenta da IBM, o que garantiu 95% de visibilidade dos recursos. Depois, conseguimos partir efetivamente para a redução drástica de custos, planos de poupanças e algumas renegociações com fornecedores”
“Conseguimos mostrar resultados rapidamente, para as pessoas dentro da organização perceberem que é possível fazer e garantir o seu envolvimento”
– Pedro B Caeiro – CTO Distributed Cloud, Devoteam
Criar um meio de transmissão sem fios, com baixa latência e alta velocidade, para transmissão de dados, sem recorrer a cablagem, destinado à transmissão de imagens durante a corrida de São Silvestre foi o desafio lançado pela TVI. Com imagens capturadas por uma mota equipada com uma câmara, um atleta com um smartphone que servia de bodycam e uma câmara que transmitiu, era necessário criar uma solução que garantisse uma transmissão sem problemas e sem impactar os utilizadores da rede. Nesse sentido, foi criado um caso de uso, com a Ericsson e a NOS, assente numa rede 5G standalone e slicing de rede, otimizado para garantir a melhor performance possível. Esta foi a 1ª transmissão televisiva em tempo real de um grande evento com tecnologia 5G standalone e network slicing, traduzindo-se num game changer em termos da qualidade das transmissões em direto. Asseguraram-se transmissões em tempo real, com qualidade de serviço garantida, mesmo em cenários desafiantes, como um evento desportivo ao ar livre, e sem necessidade de recorrer a reforços de rede local ou passagem de cabos. Adicionalmente com um simples smartphone é possível fazer uma transmissão a partir de qualquer lado, oferecendo novas perspetivas, anteriormente inacessíveis.
“Quando fazíamos este tipo de corridas, usávamos um carro exterior e quilómetros de cablagens. Implicava ter uma logística muito maior e muito mais gente no terreno. Com esta solução, passámos de 40 pessoas para as agora 20. Além da poupança orçamental, há um ganho de produtividade e de inovação”
“A solução veio trazer segurança, com zero falhas. Isso fez com que temos a garantia, com o 5G, de um êxito completo. Vejo uma aplicabilidade a outros eventos, como a cobertura da passagem do ano”
– Pedro Vieira – Realizador de TV, EMAV – TVI
“A NOS quando lançou o 5G standalone com a Ericsson, quis criar um demonstrador para mostrar os benefícios do network slicing. O ponto de partida era ter um use case desafiante. E este teve alguns desafios, por estar na zona mais antiga do Porto”
“O projeto durou um mês desde o início à execução, para que as equipas NOS e Ericsson fazerem a avaliação da estabilidade do sinal, a definição de requisitos mínimos e a identificação da estratégia para a rede e uma arquitetura operacional. porque tivemos de integrar equipamentos 5G+. Foi um use case de produção remota, com três streams de vídeo que estiveram em simultâneo e na mesma zona. O sucesso do evento foi total”
– Pedro Dória – Head of Mobile & Fixed Voice Devices Engineering, NOS SGPS
“Como a cobertura e transmissão ao vivo da corrida de S. Silvestre, no Porto, comprovou. O slicing de rede que o 5G standalone permite, vai mudar a forma como são feitas as transmissões ao vivo no país. Foi um ambiente real e desafiante, numa corrida que percorreu uma grande parte da cidade, com ambientes distintos, onde queríamos testar a tecnologia até ao limite”
“O que é a conetividade diferenciada? O network slicing do 5G SA permite criar faixas virtuais onde cada serviço pode ter uma faixa dedicada. Desde os consumidores aos negócios e empresas, uma única rede já não serve. É preciso ter redes diferenciadas, para responder aos diferentes use cases. Vimos do 4G indiferenciado, em modelo único, para o 5G standalone, que permite evoluir de um modelo de conetividade em que os operadores conseguem oferecer serviços baseados em performance e resultados. O leque de indústrias onde este tipo de tecnologia se aplica é vasto. E vai mudar os modelos de negócio”
– Nuno Roso – Head of Cloud SW & Services Portugal, Ericsson
Como melhorar o acompanhamento clínico de utentes submetidos a tratamento cirúrgico da obesidade? Em parceria com a Glintt Life, a ULS São José avançou com uma solução com informação estruturada e especifica. O ponto de partida foi o trabalho já desenvolvido por um consórcio de cinco hospitais, em parceria com a Prológica, que pretendia criar um registo clínico estruturado, capaz de uniformizar práticas, apoiar a investigação e reforçar o valor em saúde. O resultado foi uma solução que permite agregar dados de vários sistemas de informação, estruturando registos sem necessidade de programação, com flexibilidade e adaptação à evolução natural das práticas clínicas. Cocriada com os profissionais de saúde desde o início, garante elevada taxa de adoção e valida o potencial de expansão para além do âmbito inicial, já que a modularidade e personalização da solução se revelaram chave para responder a diferentes prioridades e necessidades clínicas, sem comprometer a robustez global do sistema.
“A qualidade do registo é essencial, mas não era padronizado. Precisávamos de melhoras qualidade do registo, a consistência e a rapidez. Quando começámos a trabalhar, com a presença de um formulário, permitiu a consistência de registos e foi a partir daqui que percebemos este tipo de solução e a sua importância. E já estamos a criar uma base de dados muito importante. Temos 16 formulários implementados, simples e eficazes, e 140 variáveis distintas”
“Já temos 2.180 utentes em registo, quase metade dos que temos em preparação. Agora, estamos a expandir para dados como o tempo de internamento, o que terá de envolver os profissionais, e a parte cirúrgica. Sobre todos estes parâmetros vamos ter de trabalhar. E depois integrar o valor e qualidade em saúde. E saber se estamos a trabalhar bem. E já estamos a melhorar francamente, porque já temos a noção de como o estamos a fazer”
“Já estamos a diminuir o tempo de consulta, o que terá resultados no acesso dos doentes. Podemos ter mais resposta. E este registo estruturado permite fazer as perguntas todas, registar tudo e ter tempo para falar com o doente. Em termos de eficiência, ainda precisamos de mais, mas estamos muito mais eficazes. Temos tempo para fazer aquilo que é o melhor, o lado mais humano”– Leonor Manaças – Médica e Diretora CRI Obesidade, ULS São José
“Nos vários desafios que tivemos de endereçar nesta solução há um muito particular: os resultados reportados pelos clínicos. São dados muito importantes, porque são eles que vão permitir tratar os pacientes e ver os resultados que estão a obter. Tinham uma grande dificuldade em agregar e analisar dados, porque a informação do utente estava fragmentada por sistemas de informação. O caminho para a solução final foi sempre colaborativo e envolveu todos os envolvidos na mesma sala. Foi essencial para definir requisitos e o caso de estudo concreto”
“Optámos por um modelo de formação one to one em contexto real de consulta, com os utentes e com a sua autorização. Foi essencial para detetar pontos de melhoria e criar confiança. A implementação já leva mais de um ano e têm sido identificados pontos de melhoria”
“A solução disponibilizada é parametrizável e modular. Por isso, pode ser alargada a outros serviços. Tem replicabilidade, pois os formulários são ajustáveis a cada serviço, com as suas características. Em termos tecnológicos, a solução é integrável com os demais sistemas de informação, é interoperável. Só neste caso, tivemos cinco hospitais a trabalhar connosco”
– Sérgio Duarte Sousa – Clinical Solutions Consultant, Glintt Life
Assumindo-se como o maior produtor português e um dos principais operadores ibéricos no setor de químicos industriais, com unidades fabris em Portugal e Espanha, a Bondati, que opera ainda nas áreas da água e energia, precisava de garantir a continuidade operacional das suas plataformas críticas. Especialmente em SAP, que suporta processos industriais, logísticos e financeiros do grupo. O desafio foi criar um plano de Disaster Recovery (DR), capaz de operar em near real-time, assegurando resiliência cibernética e eliminando vulnerabilidades, como a encriptação maliciosa de máquinas (ransomware). Implementado há cerca de um ano pela HPE, teve como objetivo uma replicação contínua com RPO de apenas 2 a 3 segundos, a proteção contra encriptação que mantivesse cópias seguras para recuperação e um tempo de recuperação (RTO) reduzido. O projeto avançou com a implementação do HPE Zerto Virtual Replication, integrando todos os sites críticos da Bondalti em Portugal e Espanha, com destino a um datacenter dedicado baseado em HPE GreenLake. Entre as mudanças-chave esteve a uma alteração de mindset de “recuperar se necessário” para “estar sempre pronto a recuperar”.
“Este é um caso de resiliência, de como operar quando as coisas não correm tão bem. O desafio era ter um sistema que garantisse segurança digital, rápido a recuperar e que operasse qualquer um dos datacenters a partir do mesmo sítio, já que temos quatro sites industriais na península ibérica, datacenters e presença na cloud”
“Chegámos a uma solução em que temos um centro no Porto e os datacenters de origem começaram a replicar. Com perda do mínimo de informação possível e capacidade de recuperar o mais rápido possível. É que estamos numa fase muito critica e os ataques são mais do que muitos. O pior que pode acontecer é ser atacado, sem se dar conta de nada. Quando detetamos muita informação já foi exposta e tem de se pensar em recuperar”
“A solução permite não só sincronizar todo o sistema como fazer uma deteção permanente da segurança. Quando olhamos para as soluções tradicionais, é uma diferença abismal no tempo que recuperamos com a solução. Também importante é que tem capacidade de resposta a outros tipos de incidentes ou eventos disruptivos. Hoje, temos perto de zero de perda de dados potencial, uma automação muito forte dos processos de recuperação, proteção contra ransomware e maior capacidade de resiliência”
“Temos de olhar agora para a NIS2 e para o tema da compliance. Tem vários pilares que tocam nas medidas preventivas, monitorização. Mas este projeto resolve o tema de, em caso de ataque, respondermos rapidamente e com segurança”
– Nélio Marques – Diretor de IT, Digitalização e Inovação, Bondalti
“A educação da complexidade é a grande vantagem desta solução face às soluções tradicionais. Esta tecnologia tira toda a complexidade dos ambientes de disaster recovery. Com a virtualização, temos a capacidade de ter uma espécie de ‘máquina do tempo’, com capacidade de voltar atrás até 30 dias, e ter tecnologia de backup adicional. Com milhares de pontos de restauro, seja no datacenter original ou no de destino. Recupera-se em minutos perdendo segundos”
“Uma das áreas importantes é cumprir as melhores práticas de mercado na implementação da tecnologia e ter os recursos adequados para isso. Todas as arquiteturas e soluções que temos tem sempre a vertente da ciberresiliência”
– Fernando Rio Maior – Hybrid IT Sales Specialist, Hewlett Packard Enterprise
Como operador de infraestruturas críticas, a grande meta da REN é garantir a continuidade de serviços em situações de falha grave do IT. Uma preparação rigorosa, que resulta da resposta a desafios como as ameaças cibernéticas, a integração IT/OT e a constante evolução tecnológica. Parceiros como a Inetum têm sido fundamentais nesta estratégia, assente num modelo “Prevenir, Detetar, Responder e Recuperar”, com exercícios regulares que simulam cenários reais. Esta preparação rigorosa para falhas de IT permite uma forte capacidade de resposta, evitando a interrupção nos serviços essenciais em cenários de crise. Ficou claro que investir em prevenção e treino das equipas permite reduzir significativamente o impacto de incidentes e acelerar a recuperação. Sendo que a importância de alinhar tecnologia, processos e pessoas se revelou decisiva para manter a estabilidade dos serviços.
“Um estudo da PwC mostra que apenas 2% das organizações aplicaram todas as medidas de controlo consideradas necessárias para as suas organizações estarem protegidas, O que é preocupante. A REN tem vindo a tentar não fazer parte desta estatística negra, pois é um operador crítico no gás e eletricidade. Temos obrigações legais previstas por lei em termos de gestão de ativos, monitorização e recuperação.
Falta governo em todo este ciclo para que tudo seja eficaz. Com muitos desafios legislativos, deste diretivas europeias, do parlamento, dos reguladores, do CNCS, não faltam regulamentos que nos impõem cuidados especiais nas infraestruturas críticas, porque cada vez menos podem falhar.“A ameaça dos eventos disruptivos que põem em causa infraestruturas críticas é real. E há vários exemplos disso, incluindo em Portugal. Para gerir este problema, e utilizando o referencial NIST, temos feito várias iniciativas, com uma abordagem ativa ao tema, através de vários datacenters e do investimento em plataformas de alerta multicanal. Como utilizador é o elo mais fraco, temos feito muito trabalho nesta matéria. Nas infraestruturas, adotámos uma abordagem de zero trust.
“Mais recentemente e em colaboração com a Inetum, fizemos um trabalho que endereça os fatores onde não somos tão bons: a identificação, resposta e resolução. Foi feito um mapeamento entre ativos e negócio, para, com base nele, perceber o impacto de cada um. E partimos para um plano de recuperação de desastre mais completo. Fizemos um plano de recuperação tecnológica e implementar um sistema de recuperação de desastre, um instrumento muito relevante que faz a colagem entre o IT e o negócio. Este ano foi possível criar e desenvolver mais de 70 novos procedimentos operacionais de recuperação de desastre, para podemos atual de forma eficaz e fluída, e fizemos 23 testes de recuperação de desastre”
– Jorge Mendes – Head of IT Infrastructure & Operations, REN
“As empresas estão cada vez mais preocupadas com o tema da resiliência. Na sua capacidade de recuperar rapidamente, face a ataques, para restabelecer rapidamente o negócio. Todos querem acelerar os projetos, mas os riscos são cada vez mais diversos. A resiliência passou a ser um eixo estratégico da competitividade. As empresas estão cada vez mais alertas a este tipo de desafios”
“As novas regulações têm ajudado a consciencializar mais o mercado sobre a resiliência e a tomada de medidas pelas organizações, para garantir que são as mais competitivas.
O processo não tem sido fácil e até há pouco tempo não estava na agenda dos CEO. Agora, finalmente está. A conformidade passou a ser considerada uma base de inovação e competitividade e já não como uma obrigação. E a NIS2 vem introduzir medidas bastante mais robustas em termos de resiliência. É muito exaustiva, muito extensa, mas acaba por ser um guião bem estruturado para orientar as empresas”– Sandra Monraia – Sales Director, Inetum
Num contexto de um mercado OTT cada vez mais competitivo, a SPORT TV avançou com a reinvenção da sua presença digital e elevou a experiência dos fãs. O projeto resultou de uma parceria com a Magycal, criando-se uma funcionalidade inovadora que permite aos utilizadores criar e partilhar, em tempo real, os seus próprios vídeos de destaque, enquanto a IA identifica automaticamente os momentos-chave dos jogos. A solução combina conteúdo gerado pelos utilizadores (crowdsourced content) com clips criados por IA (AI-generated highlights), promovendo uma experiência interativa e personalizada. O sistema é escalável, de baixa latência e altamente eficiente, permitindo uma redução de 28% nos custos operacionais e uma taxa de precisão de 95% a 100% na deteção automática de eventos. Só nas primeiras semanas após o lançamento, foram criados mais de 1.500 clipes pelos utilizadores e registaram-se 100 mil visualizações nas primeiras semanas, abrindo novas oportunidades de monetização e envolvimento do público. O Smart Moments redefine o consumo de desporto no digital, transformando a experiência passiva num ecossistema interativo e participativo, onde fãs, tecnologia e conteúdo convergem. E vem estabelecer um novo padrão para plataformas OTT desportivas.
“Os Smart Moments vêm de uma estratégia de digitalização e de inovação da Sport TV. Temos muitas soluções e modalidades para oferecer às pessoas nos nossos oito canais e era um problema disponibilizar ao cliente o que de melhor estava a passar neles. Houve a necessidade de desenvolver algo inovador, que desse ao mercado mais conteúdo. A solução mistura IA para disponibilizar tudo o que acontece em emissão e os momentos que o utilizador quer partilhar como momentos especiais com outras pessoas”
“Temos desenvolvido o nosso hub como base em soluções como esta, para inovar e acompanhar as tendências. O hub tem neste momento quatro milhões de registos, ou seja, temos pelo menos 25% a 30% da população registada na Sport TV para um conteúdo que é fechado”“Isto abre-nos algumas janelas para monetização dos conteúdos, pois podemos ir buscar novos parceiros para estarem connosco. E ao disponibilizar mais conteúdos para o mercado, existe menos procura de produtos pirateados, porque trazemos as pessoas para os nossos meios e percebemos cada vez mais o que querem consumir e como reagem. Acresce que também reduzimos parte dos custos operacionais na obtenção e produção deste conteúdo. Temos uma janela aberta para a utilização da IA e de outras formas de trabalhar o digital e produtos cada vez mais interessantes”
– Ricardo Botelho da Silva – Digital Marketing Manager, SPORT TV
“O que torna esta funcionalidade diferenciadora é que tem duas vertentes: um motor de IA a trabalhar com análise do vídeo live, que são os golos e faze clips dos momentos que consideramos mais importante. Em paralelo, damos o poder aos três milhões de utilizadores que estão em casa de marcarem os key moments, que categorizam e partilham com os amigos”
“Na Magycal orgulhamo-nos de sermos utilizadores dos nossos próprios produtos. E percebemos que havia aqui um espaço para o utilizador poder estar mais ligado à própria produção de conteúdos. Não precisa de esperar nem depender de ninguém. Esta parte humana e de interação é o que distingue e que dá uma camada acima do clipping de IA, que já existe e é feito por outras empresas”
“Há novas camadas de interação que podemos oferecer aos utilizadores e que vão acrescentar valor, assentes em IA. Vai ajudar a reduzir tarefas mecânicas e aborrecidas, libertando-as para tarefas mais criativas e estratégicas”
– Carolina Rosa – Diretora Criativa e de Marketing, Magycal
A meta foi promover o acesso universal ao desporto, permitindo a transmissão automatizada e em direto de jogos, incluindo a final, através de uma rede privada 5G, IA e cloud. A solução foi desenvolvida pelo CIF – Club Internacional de Foot-Ball, em parceria com a MEO Empresas, no âmbito do Torneio Centenário. O Smart Stadium 5G consiste numa plataforma cloud de produção e transmissão de vídeo, suportada por conectividade 5G e IA, que permite a automação da filmagem, edição e transmissão ao vivo de eventos desportivos, tornando possível produções de alta qualidade em tempo real, com recursos interativos e personalizáveis. Assume-se como uma resposta inovadora, democratizando o acesso à transmissão de eventos através de tecnologia de ponta, reduzindo custos e a complexidade técnica. Entre as vantagens está a possibilidade de monetização e de novas receitas (publicidade, pay-per-view, assinaturas), assim como a flexibilidade e escalabilidade, adaptando-se a clubes de qualquer dimensão.
“Foi uma verdadeira experiência para o CIF. Assinalámos os 100 anos do torneio de futebol e o clube e a sua história com este projeto. O impacto foi grande e excedeu as expectativas, porque este é um torneio muito vivido e onde participam muitas faixas etárias de jogadores amadores. A solução potenciou a todos os jogadores acompanharem os jogos e estarem sempre ligados ao clube, reforçando a comunidade do CIF”
“Foi um projeto inovador, que não existia no clube. O CIF, como associação desportiva, tem as suas receitas limitadas. Vamos buscar aqui a nossa sustentabilidade, com a criação de mais receitas, porque as que existem não chegam. A publicidade é importante, porque vai permitir atrair sponsors que possam fazer patrocínios durante os jogos em várias vertentes. Precisamos de fundos e esta é uma forma de o conseguir gerir”
– Fernando Magiolo Magarreiro – Presidente, CIF – Club Internacional de Foot-Ball
“Fizemos toda a liderança tecnológica e a gestão do projeto, desde a conceção à implementação. Pegámos numa rede privada 5G para garantir a segurança, resiliência e capacidade, assente numa solução de cloud e de IA. O que permitiu que o que a ambição de transmitir o torneio fosse uma possibilidade para quem quisesse acompanhar o projeto”
“Foi possível criar um movimento de monetização de todo o processo. Garantimos que a solução reforçada para a comunidade, mas que pudesse ser viável do ponto de vista financeiro. E que fosse escalável e replicável”
“É uma solução que traz vários fatores de valor. A começar pela monetização, para garantir a viabilidade do projeto. Garante ainda que este projeto vai para além do futebol, a qualquer desporto de pavilhão. Com uma solução simples para o cliente, que reduz a complexidade de produção e de equipamentos. É uma solução de verdadeira inovação que pode ter impacto na vida real”
– Nuno Teixeira Bernardo – Sales Director of SOHO and SME segments, MEO Empresas
Com cerca de 12 mil fogos municipais e 28 mil residentes, a Domus Social – Empresa de Habitação e Manutenção do Município do Porto, precisava de ferramentas para compreender o território, pedidos de habitação, apoios sociais atribuídos e as necessidades das famílias. A solução encontrada, em parceria com a Minsait, passou pela criação de uma plataforma analítica centralizada, que agrega dados operacionais, sociais e económicos sobre o parque habitacional municipal. Hoje acessível aos decisores e cidadãos, transforma dados dispersos em informação clara, acessível e útil para decisões políticas e operacionais. Além de reduzir o tempo de resposta, a plataforma tornou-se num instrumento de governação mais próxima, equitativa e baseada em evidência. Entre as vantagens estão a redução do tempo de extração e tratamento de dados, o aumento da fiabilidade dos indicadores, a melhoria da resposta a pedidos internos de análise, uma utilização efetiva dos dados na tomada de decisões estratégicas, transparência reforçada na comunicação com os cidadãos e uma melhor comunicação pública. O projeto foi desenvolvido com entregas regulares, envolvimento constante dos stakeholders e formação técnica e analítica, implicando mesmo uma transformação cultural da organização.
“Na Domus Social temos muita informação sobre a habitação social na área do Porto. E temos um programa de apoio ao arrendamento privado. Estamos a falar de 13 mil casas, 30 mil pessoas e foi necessário integrar esses dados para termos informação de qualidade. Porque o perfil de quem necessita de habitação impacta a forma como a empresa vai gerir o parque habitacional. Há ainda que conhecer o arrendamento privado se fazer a definição e gestão das políticas públicas”
“O Observatório ainda é muito recente. Os dados vão dar pistas e criar condições para que a política possa ser decidida com base neles. Dando respostas orientadas às necessidades específicas da população. Ambicionamos produzir informação que seja utilizada para tomar decisões fundamentadas em dados. É o nosso maior desafio. Já temos uma versão da plataforma disponível no nosso site, de forma aberta a todos, porque só assim tem valor. E pode trazer muita gente para o processo, como a academia”
“O sistema é completamente auditável e transparente. Todas as pessoas sabem o que é feito e podem questionar as decisões. Para garantir que é tudo feito corretamente. Queremos que o projeto produza informação para ser usada na tomada de decisão, até com uma lógica intermunicipal. É absolutamente crucial, na lógica da habitação, olhar para um universo maior”
– Lourenço Pinheiro – Diretor Atendimento Geral e Sistemas de Informação, Domus Social
“Lidamos com dados pessoais, que têm a maior importância para o município do Porto. O desafio foi saber como trabalhar os dados para que sejam tomadas decisões políticas para melhorar o processo de atribuição de casas. Tivemos de conhecer qual o negócio de forma detalhada, para o perceber e saber o que fazer com os dados. Dar-lhes um contexto e tirar informação coerente”
“A plataforma criada visa agregar os vários dados e conceitos de negócio, para ajudar e apoiar as famílias. Criou-se uma plataforma modular e unificada, que está a crescer de uma forma evolutiva. Quem acede consegue ver de forma unificada toda a gestão do parque de inquilinos e da parte habitacional e fazer cruzamento de informação. Neste momento, por exemplo, consegue-se ver que a maior parte dos pedidos de habitação vêm de pessoas que estão empregadas”
“Na Domus há várias áreas que estão a ser pensadas para incluir na plataforma. A empresa é o maior senhorio nacional – 12% da população vive nas casas geridas pela empresa municipal”
– Ricardo Cruz Rodrigues – Data & Analytics Delivery Manager, Minsait
Esta foi a primeira implementação da NOS centrada em automação inteligente e inteligência artificial generativa. Em estreita colaboração com a DareData Engineering, o operador validou com sucesso o conceito central e desenvolveu uma arquitetura de solução robusta e reutilizável e um sistema operativo generativo (GenOS), especificamente concebido para suportar todos os futuros cenários de automação inteligente. A solução permite uma abordagem generativa e estabelece uma capacidade de adaptação superior, potenciando a automação integral end to end. Adicionalmente, estabelece um novo paradigma funcional, onde o mecanismo de human in the loop permite a otimização sucessiva. Esta abordagem baseada em GenAI permite uma verdadeira automatização end to end. A sua maior maleabilidade, adaptação dinâmica e capacidades de decisão melhoradas lavem a uma substituição efetiva e integral dos processos. O GenOS criado traduz-se numa plataforma que está concebida para ser reutilizável em todos os casos de uso de automação inteligente, incorporando intervenções de “human-in-the-loop” em passos críticos e assegurando mecanismos robustos de controlo de qualidade para os outputs gerados. Oferece uma estrutura versátil e escalável, capaz de acelerar resultados em todas as iniciativas impulsionadas por IA Generativa, incluindo Automação Inteligente, Automação de Serviço e Augmentation.
“Com a IA generativa, dada a sua capacidade, há uma mudança de visão. Deixamos de estar orientados à automação e às tarefas e passamos a ter uma abordagem mais orientada para os processos como um todo. Com a solução, todo o processo na área jurídica foi totalmente automatizado e não requerem qualquer atuação por parte do humano, que tem a supervisão do processo, numa lógica de otimização”
“Este caso pode ser replicável noutros contextos, com este conceito de automação inteligente. As pessoas passam a estar orientadas à gestão como um todo e não a microtarefas. Para conseguir escalar esta visão sobre outros contextos, isto tem de ser desenvolvido num contexto de plataforma”
“Todas as áreas que tenham estruturas administrativas fortes ou pesadas, como o backoffice de apoio ao cliente ou comercial são suscetíveis de funcionarem com uma solução similar. Uma solução com esta pode fazer a diferença”– Maria Francisca Pinho – AI Manager, departamento AI & Insight, NOS SGPS
“Temos de criar condições de integração com dados e com conhecimento, o que não existia anteriormente com as aplicações. É necessária muita customização, logo no pré-deployment, uma fase que tem a ver com uma necessidade de falta de contexto. O sistema tem de estar preparado para cenários que não se antecipam”
“A plataforma criada permite três coisas diferentes: monitorizar o que está a acontecer; transmitir a informação a um utilizador humano e passar-lhe a responsabilidade quanto será necessária a sua intervenção; e usar a informação para fazer feedback, para que a resposta passe a fazer parte do sistema. Temos de garantir que tem capacidade de adaptabilidade à realidade. É a parte mais dificil do processo. Por isso, é normal um sistema começar a funcionar com uma performance de 60% a 70%, porque o sistema não conhece tudo. Tem de ter uma curva de aprendizagem. Para garantir um nível de serviço adequado para o que estamos a gerir”
“O humano é o garante do bom funcionamento dos sistemas. A parte-chave é encontrar o momento certo para chamar o humano. É preciso criar classificadores que permitam ao sistema perceber que tem de ser ajudado. Existe uma componente de adaptação do sistema que está nas pessoas, porque há sempre novas ofertas e capacidades novas de resposta”– Nuno Brás – CO-Founder, DareData Engineering
A Simoldes Plásticos tinha um ambicioso projeto de transformação digital do seu modelo comercial, com o objetivo de centralizar informação, sistematizar o ciclo de vendas e aumentar a produtividade das equipas. Em parceria com a PwC, implementou uma solução integrada de CRM Salesforce, suportada pela plataforma Mulesoft, que permite a interação direta com o ERP SAP e cobre todo o processo end-to-end, desde o Market to Lead até ao fecho da oportunidade. Digitalização completa do processo comercial, centralização da informação num repositório único, padronização dos fluxos de aquisição e uma visão integrada do pipeline e das oportunidades são já vantagens percebidas. Além dos ganhos significativos em eficiência, qualidade de dados e controlo de gestão, potenciando decisões mais informadas. O projeto implicou uma profunda mudança de processos e cultura organizacional e o seu sucesso deveu-se ao forte patrocínio da direção comercial e do IT e a uma abordagem sólida de change management, centrada na formação e na adoção ativa pelos utilizadores. Este caso demonstra que a verdadeira transformação digital exige visão integrada, liderança e parceiros tecnológicos capazes de alinhar processos, pessoas e tecnologia.
“Somos uma empresa industrial, presente em vários países. Temos um processo grande de transformação digital, sendo o primeiro ponto o âmbito industrial. Mas, pelas características do negócio, com escritórios comerciais perto dos clientes, grandes grupos automóveis, há uma certa distância e cada gestor de contas tem a sua gestão. Mas quando começámos a evoluir e com os clientes cada vez mais exigentes, começámos a ver que alguma coisa estava a ficar para atrás. A informação não estava harmonizada nem disponível. O desafio foi garantir que a informação disponível existia de uma forma mais ou menos alinhada e fácil de aceder e olhar pra um cliente de A a Z”
“Queríamos saber como que poderíamos carregar num botão e temos a informação. E como garantirmos que, em qualquer momento a empresa, tenha toda a informação atualizada e o mais rapidamente possível, permitindo cruzar clientes.
“Não foi uma escolha direta. Colocámos duas opções de tecnologia e foi escolhida a Salesforce, porque a solução se adaptou melhor à flexibilidade que queríamos. E em implementação, houve três candidatos, acabando por selecionar a PWC. Porque dedicaram tempo a perceber o problema e tiveram uma equipa 300% dedicada. Nas aprendizagens, o meu timeline foi demasiado agressivo. Se olhasse para trás, pensava se devia dar mais tempo e garantir que teríamos mais espaço para maturar o projeto. Que está em operação há menos de um ano, embora já tenha tração”
– Hugo Garcia de Carvalho – Director Commercial and Costing Management, Simoldes Group
“Muito do que fazemos é um processo consultivo à cabeça. A indústria aposta na digitalização e na tecnologia, mas sempre muito na ótica da própria indústria. Na componente de saber vender há legados de muitos anos que chegaram até aqui”
“O que temos feito é chegar a estas empresas e perceber que há outros desafios que poderiam alavancar outros níveis de crescimento. Tivemos um processo consultivo junto da Simoldes de mais de um ano, numa operação complexa que envolveu equipas de vários países e dados vindos de várias fontes”
“Com a tecnologia, agregámos toda a informação num único local. E a nossa plataforma ter um conjunto de processos que ajuda a standartizar tudo. Com muito do que vem da nossa tecnologia base”
– Joana Antunes – Account Executive, Salesforce
“Os desafios na implementação deste projeto são muitos e variados. O que fez sentido foi termos verdadeira paixão pelo negócio do cliente e pelos desafios que a Simoldes estava a atravessar. Fizemos a assessment da situação e de toda a otimização de processos que teria de surgir de um investimento desta natureza”
“O nosso exercício foi passar para lá de uma quota de mercado elevada, como líderes destacados e demonstrar à Simoldes quais serão as capacidades que teria com a adoção da solução. Foi um projeto entregue à velocidade da luz. Tivemos o desafio adicional de fazer um timeline rapidamente, acautelado numa lógica de preço fechado, para dar conforto e divisão do risco de investimento e da confiança”
“Houve uma palavra-chave que foi um valor comum as três organizações: a confiança. O que a PWC trouxe foi aliar a capacidade técnica á capacidade de se emprenhar no negócio específico, com uma solução com impacto”
– Luís Côrte-Real – Customer Transformation Partner, PwC Portugal