EVOLVE – Digital Transformation Summit 2025

Casos de Transformação Digital

CASOS DE TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

PORTO, 29 JANEIRO 2025

BOAS-VINDAS | Sandra Fazenda de Almeida – Diretora Executiva, APDC

“Chegamos pela primeira vez ao Porto, nesta 4ª edição do EVOLVE. Temos tido muitas empresas do Norte que têm ido a Lisboa apresentar os seus casos. Achámos que era a altura de vir ao Porto”

“A inspiração dos EVOLVE já deu lugar a novos casos de transformação digital. Temos vindo a transmitir os desafios dos clientes, as soluções encontradas em parceria com as tecnológicas, partilhar os problemas, as taxas de sucesso, para contagiar as outras empresas para desenvolverem a sua jornada de transformação digital. A missão da APDC é acelerar a transição para o digital, nas empresas e na sociedade”

ENQUADRAMENTO | Paulo Cardoso do Amaral, Coordenador Científico do EVOLVE

“A tecnologia está connosco há umas dezenas de anos e a cada ano que passa parece que acelera. A cada dia que passa. Há empresas digitais que perdem 600 mil milhões de dólares num dia. Estamos todos num ambiente digital e dependemos das empresas tecnológicas. E estão todas do lado de lá do Atlântico. Nós temos de começar a pensar em reforçar nesta área, senão a criação e valor vai para outras regiões”

“A tecnologia digital é sempre cara e temos de ter alguma mais-valia do facto de fazermos investimentos. Pode vir tradicionalmente do aumento da eficiência, mas esta componente costuma resultar da redução de custos, o que assenta no corte de pessoas. E isso significa perda de know-how, porque as pessoas fazem coisas que são especiais e são elas que vão fazer a diferença”

“A ideia é utilizar tecnologia com pessoas, para criar mais valor que seja positivo para a empresa. Como é que isto se faz? Não é fácil. A criação de valor começa por pensarmos que o cliente, interno ou externo, tem de ter uma melhor experiência. E vamos utilizar pessoas e tecnologia para o conseguir fazer”

“As pessoas com tecnologia fazem mais e é isso que temos de pensar. Este conceito de vantagem competitiva assenta num mercado concorrencial, onde as empresas usam a tecnologia com vantagem, para não serem todas iguais. Temos de perceber como criamos esta vantagem. Internamente, aplicar tecnologia nas empresas é dificil. Porque se for fácil todos fazem igual e não há vantagem. O dificil não é a tecnologia, mas o elemento humano. Temos de ter processos, pessoas e tecnologia. E, por baixo deste triângulo, a cultura. O tema do conhecimento e know-how é crítica, porque mais dificil é de copiar”

“E como é que se criam vantagens para fora? Passa por duas coisas essenciais: as emoções, porque se o cliente as sentir, nunca mais larga a empresa; e a socialização, para as pessoas entre elas olharem para a proposta de valor como plataforma de comunicação entre elas. Em tecnologia, temos de pensar como criar condições para que a criação de valor seja vantajosa, quer internamente quer externamente”

PONTO DIGITAL: PONTO DE ENCONTRO DIGITAL EM PORTUGAL

A plataforma Ponto Digital disponibiliza ações de formação, iniciativas, fontes de financiamento, estudos, recursos, ofertas de emprego, eventos e notícias na área do digital. Tem ainda uma API com a plataforma Digital Skills and Jobs Europeia, que liga Portugal à Europa. E como não existia um ponto central com informação sobre ofertas de capacitação digital em Portugal, apostou na criação de um Mapa Nacional de Iniciativas de Capacitação Digital, onde todas as entidades, independentemente do setor, podem disponibilizar os seus conteúdos (cursos, ofertas de emprego, concursos, recursos) diretamente. A plataforma tem mais de 3.000 utilizadores ativos e mais de 300 entidades registadas e tem ainda uma ferramenta de diagnostico de competências digitais para empresas e população em geral. O projeto inspirou-se na plataforma europeia.

“O Ponto Digital surgiu em 2019, de um convite da UE. Havia a preocupação em capacitar em competências digitais e fomentar a empregabilidade e mais diplomados nas TIC. Seis anos depois, continuamos com esta preocupação. A ideia foi fazer uma plataforma que permitisse a partilha de informação de formação e agregação de competências. Existe ainda uma API que liga à plataforma core, a Digital Skills and Jobs europeia”

“A ideia da plataforma é ser alimentada pelas próprias entidades. Não é replicar o conteúdo que já existe, mas ser um ponto de encontro de pessoas e empresas. É um projeto com dois anos, coordenado pela .PT, numa parceria com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e IAPMEI, I.P. – Agência para a Competitividade e Inovação. É transversal a todos os níveis de competências, desde as básicas às altamente especializadas”

“Para já, estamos ainda a começar. Os primeiros dois anos foram de desenvolvimento técnico, mas já temos 3,5 mil utilizadores ativos e 350 entidades inscritas que alimentam a plataforma. A ideia é agora escalar, apostando na divulgação e na partilha junto das empresas. Existe um grande trabalho a ser feito na divulgação das iniciativas de capacitação ao nível nacional e a ideia é facilitar este processo”

– Sandra Martins – Project Manager, Associação DNS.PT

AUTOPROV - PROVISIONAMENTO MULTITECNOLOGIA

Automatizar grande parte do processo de comissionamento, upgrade e despiste dos equipamentos (DTCs e routers) instalados nos PT’s, através de soluções open source, robustas e escaláveis, foi o objetivo da E-Redes. Objetivo: garantir o fit com os vários equipamentos e versões suportados pela EDP, a rastreabilidade e monitorização do processo em tempo real e reduzir os custos operacionais e SLA’s de resposta. Para isso, foram identificados e priorizados requisitos obrigatórios: desenvolvimento de uma app (IOS e Android) para interface dos técnicos de terreno e trigger ao início do processo desenho e implementação do stack tecnológico; criação dos vários playbooks/scripts de automação do processo de comissionamento; garantir a rastreabilidade do processo; disponibilizar um dashboard de controlo de indicadores de atividade/sucesso e interface para despiste e troubleshooting dos comandos/respostas; documentação de suporte ao use case e tecnologias desenvolvidas/entregues; e garantia de resposta a dúvidas e correção de problemas num prazo de 30 dias. Da responsabilidade da Capgemini, o sistema tem permitido acelerar o rollout da rede inteligente da E-Redes, batendo-se recordes de comissionamentos também por via do uso da tecnologia. E mostra que é possível automatizar tarefas repetitivas que as equipas operacionais realizam no terreno, com ganhos relevantes de eficiência operacional, evitando-se erros desnecessários e facilitar o trabalho das equipas.

“A E-REDES terminou em 2024 a instalação de 6,6 milhões de contadores inteligentes, com automatização do processo. Assegurar a comunicação destes equipamentos permite reduzir o número de deslocações ao terreno e uma monitorização da rede mais fácil e próxima do cliente”

“Tendo em conta o volume de equipamentos e de dados, pretende-se aumentar a eficiência energética e a rede de distribuição. Trazendo benefícios ara o cliente final no processo de simplificação e transparência nos dados recolhidos”

“O desafio era melhorar o processo de comunicação dos contadores inteligentes, reduzindo o risco e o tempo. Queríamos automatizar e mitigar todas as ações menos eficientes. Foi isso que trouxe o projeto. Os sistemas inteligentes comunicam com a empresa e com os clientes”

– Mário Pereira – Project Manager and Solution Architect, E-REDES

“Os benefícios do AUTOPROV são vários. A aplicação facilita as tarefas dos operacionais no terreno, minimizando o erro humano de forma massiva. Permite ainda informação em tempo real. A solução foi implementada de forma muito coordenada e em proximidade com o negócio”

“O projeto foi muito abrangente, para endereçar o desafio de todo o ecossistema instalado de Norte a Sul do país. Esta parceria não é apenas um projeto bem-sucedido, simboliza uma parte do compromisso contínuo com a transformação digital, inovação e eficiência. Conseguimos alcançá-los. Em conjunto, transformámos a inovação em impacto, criando um futuro mais eficiente e mais sustentável”

“O desafio mais relevante foi o desenvolvimento conjunto nas equipas de front-end e de back-end, tendo a solução que ser ajustada e adaptada. Vamos continuar com esta cooperação de uma forma muito próxima, para identificar bem as mudanças a implementar. Atualmente a transformação é uma constante, tudo acontece muito rápido”

– André Bento – Client Executive, Capgemini Engineering

MY NOS E A DEMOCRATIZAÇÃO DOS CANAIS DE SELF-SERVICE DIGITAL

A meta era elevar a experiência de selfcare digital dos clientes, otimizando os canais já existentes (desktop e app) para utilizadores com perfil digital. Com o desafio de ir mais longe, democratizando-se o acesso ao digital, dando mais escolha e personalização e reforçando a componente de selfcare. A NOS escolheu a Deloitte como parceira estratégica nesta transformação, o que permitiu criar uma solução que simplifica a experiência digital, com o redesenho dos canais, tornando-a mais acessível a um público mais amplo, incentivando a adoção de soluções self-service. Paralelamente, foi desenvolvida uma estratégia de personalização sólida e escalável, que utiliza dados e insights para antecipar as necessidades dos utilizadores e entregar conteúdos e funcionalidades adaptados a cada cliente, em cada momento. O processo de transição decorreu de forma natural para o cliente e implicou uma evolução cultural dentro da organização. O envolvimento de equipas multidisciplinares – incluindo tecnologia, experiência, marca, CRO e apoio ao cliente – foi fundamental para garantir que um resultado verdadeiramente relevante.

“A NOS já tinha um ecossistema digital montado e num espaço de quatro anos tinha evoluído muito na sua utilização, investindo em ferramentas digitais para dar autonomia aos clientes. Mas sendo estes muito diferentes, verificámos que utilização de canais online estava muito virada para pessoas com perfil mais digital. Quisemos colocar no poder do cliente a escolha do tipo de relação que queriam ter”

“A nossa primeira aposta foi centrar efetivamente os acessos no cliente, com canais simples de utilizar, muito focados em dar resposta ao que está à procura e encontrar rapidamente uma resposta ao que pretende. Mas como queríamos garantir que tínhamos um desafio constante, que nos obrigasse a estar sempre do lado do cliente, optámos por recorrer a um parceiro”

“A satisfação do cliente foi a métrica considerada mais relevante, para confirmar que estávamos no caminho certo. Depois, precisávamos de ter a certeza de que qualquer cliente, querendo, poderia usar o digital para ser autónomo na sua relação com a NOS. Ouvimos centenas de clientes e fizemos muitos testes com eles, para afinar o caminho ao longo do projeto. Não é um produto terminado, mas em constante evolução, que vai sendo avaliada. Ainda não fez um ano de lançamento e verificamos uma redução dos contactos estabelecidos com as linhas, que ficam mais livres para poder atender as pessoas com temas mais complexos ou com dificuldades”

– Sílvia Fonseca Dias – Digital Project Manager, NOS

“É normal as organizações grandes perderem-se nas suas próprias agendas das várias equipas. Na NOS, a Deloitte acabou por criar sinergias a vários níveos. Trouxemos uma visão isenta e imparcial, para garantir que capturávamos os objetivos, com o compromisso de representar o consumidor final”

“Para conseguir democratizar o acesso a canais de self-service digital, tivemos de dar um passo em frente e criar um novo conceito. Trabalhámos ao lado da NOS em duas fases. A primeira foi criar uma visão que fizesse sentido. A segunda foi materializá-la, acreditando que a individualidade de cada cliente fosse a força motriz na utilização dos canais. Com simplicidade, personalização e inovação. Foi uma discussão que fomos tendo ao longo do projeto, a partir do conceito de self-service dos canais digitais”

“A parte mais desafiante e gratificante foi a materialização destes conceitos em jornadas de personas muito específicas, para levar ao desenvolvimento da app e do acesso via desktop, na jornada do cliente com a NOS”

– Carolina Ferreira – Manager, Deloitte

DIGITAL TWIN - TRANSFORMAÇÃO DIGITAL DOS PROCESSOS INDUSTRIAIS

Criar uma fábrica mais inteligente era o desafio da Efacec Power Solutions para dar resposta a clientes como a EDP, UK Power Networks, Alliande, ENEDIS ou Iberdrola. A ambição era alterar estruturalmente os métodos de produção, para induzir ganhos de produtividade, correção célere de falhas na linha de montagem, aumento do output final e melhoria da satisfação dos clientes finais. Obter informação em tempo real e visão dos processos e planeamento industrial eram ainda metas. Do projeto resultou a Fábrica 3D ou Gémeo Digital 3D. Impulsionada por 5G, assenta numa réplica digital do chão de fábrica ou parte da fábrica, num portal de gestão em formato 3D, animado em tempo real, com informação real das máquinas e dos trabalhadores, obtida a partir de sensores e de câmaras. Permite monitorizar e assegurar a rastreabilidade ao longo de todo o processo produtivo e simular e testar a melhor configuração do processo de produção antes de o implementar na fábrica. A solução integra ainda realidade virtual, para treinar o trabalho em ambiente virtual antes da introdução na linha de montagem de um novo processo ou máquina. Agora, a meta é alargar o conceito a toda a supply chain externa da organização, clientes e fornecedores, para os integrar num sistema otimizado para todos os stakeholders envolvidos.

“Ainda temos muito a aprender. Acreditamos que a digitalização é o futuro e temos de a aplicar a todas as áreas de negócio. Em termos de procura de produtos, temos de perceber ao pormenor como é que a indústria está a trabalhar e precisamos de colocar uma camada aplicacional para entender como é que a fábrica trabalha e quais as melhorias continuas a implementar”

“Os sistemas de digital twins ajudam a dar resposta à procura do cliente, que é grande, mas que oscila muito. Com este projeto, tentámos integrar toda a informação, alinhada com a procura e o cliente. Tudo começou com a restruturação física da fábrica, com uma camada aplicacional por cima. Tivemos de integrar todos os processos, para retirar informação em tempo real útil para o negócio. Assim, percebemos os desperdícios e tempos mortos e garantir uma resposta eficiente ao mercado”

“Tudo começou por uma linha de produção, mas rapidamente tivemos de integrar todos os departamentos, para tudo funcionar de forma articulada. O que obrigou a mapear ao pormenor todos os processos da empresa, para conseguir um modelo de dados robusto.
Os próximos passos passam por alargar o projeto às novas gamas de produtos. Não é fácil e é um caminho ainda a percorrer. Mas já sabemos o que temos pela frente. É um fator diferenciador”

– Hélder Almeida – Diretor de Operações, Efacec

ACADEMIA DIGITAL DO TURISMO DE PORTUGAL

Criar uma plataforma de gestão da formação das suas 12 escolas, para responder às grandes dificuldades na gestão e entrega de conteúdos online, à existência de processos descentralizados que exigiam muitos recursos humanos, e à multiplicidade de informação dispersa, que dificultava a gestão e tratamento de dados, foi a ambição do Turismo de Portugal. A solução encontrada, de uma plataforma multi-tenant, permite uma gestão centralizada da formação e a divulgação e entrega de conteúdos para formação presencial e online (síncrona e assíncrona). Com a implementação do novo sistema/plataforma, o processo foi centralizado, mantendo-se a autonomia a cada escola, e a gestão de entrega de conteúdos e recursos humanos foram otimizadas. Foi também possível chegar mais facilmente ao público-alvo e aumentar o volume de formação, assim como os níveis de satisfação dos formandos. Atualmente, há mais de 360 mil inscrições e cerca de 5.200 ações de formação.

“Com a pandemia, o setor do turismo ficou praticamente encerrado. Percebeu-se que o Turismo de Portugal teria de construir respostas rápidas e eficazes para as pessoas do setor, garantindo um momento de aprendizagem para criar preventivamente soluções de futuro”

“Começámos a fazer o diagnóstico efetivo com as pessoas, para perceber as suas necessidades e pensando na forma de construir esta resposta de forma alargada e inovadora. O processo implicou uma mudança interna, com reorganização, alinhando a visão sobre as respostas e a forma de trabalho das 12 escolas do país. Tivemos uma enorme mudança de processos, passando do analógico para o digital”

“Repensámos toda a estrutura de formação, o que sozinhos não teria sido possível. Fomos procurar ao mercado e encontrámos uma solução que se encaixou nos nossos objetivos. Começámos em 2020 e o setor passou a ter acesso a uma formação personalizada, em todos os formatos. A ferramenta foi ainda um acelerador de transição digital para o próprio setor”

– Ana Paula Pais – Diretora Coordenadora, Turismo de Portugal

“O tema da transformação digital é muito mais do que tecnologia. É processos e pessoas. Implica incorporar na atuação da AP uma visão digital, com uma abordagem topdown, para haver interiorização do tema e para prestar um melhor serviço ao cidadão, com todos os benefícios que daí advêm”

“O processo está em marcha, demora o seu tempo, mas em claros ganhos de eficiência.
Além dos resultados quantitativos obtidos, a plataforma acompanha as tendências de um mundo em mudança nas áreas da formação e educação e dos novos estilos de aprendizagem. As empresas têm de adotar uma cultura de aprendizagem constante e a plataforma garante isto. Agora, o desafio passa por explorar todas as potencialidades da plataforma”

– Catarina Paiva – Board Member, Turismo de Portugal

“Estamos no mercado há algum tempo na área da gestão da formação. Tem de haver mudanças de paradigma nesta área., pois grande parte das entidades ainda está a gerir a formação em cima de uma folha de calculo”

“O projeto com o Turismo de Portugal foi importante. Houve a capacidade de abraçarem algo para mudarem, o que tornou todo o processo mais fácil. É dificil às instituições, sobretudo na máquina do Estado, fazer acontecer. Este projeto de adoção de processos mais automatizados é de louvar”

– Paulo Bernardino – CEO, FPTIC Consulting

PORTAL ONLINE DE LICENCIAMENTO

O problema identificado assentava na falta de eficiência e de modernização no processo de licenciamento da Audiogest, que até então dependia de procedimentos manuais e pouco ágeis. Do seu modelo tradicional resultavam atrasos, aumento de custos operacionais e uma experiência insatisfatória para os utilizadores. E havia a necessidade de otimizar a gestão dos pedidos e de melhorar a capacidade de resposta, garantindo maior transparência e rapidez na emissão de licenças, bem como impulsionar as receitas através de um sistema mais acessível e eficaz. A Glintt Next endereçou o problema com o desenvolvimento de uma plataforma digital na OutSystems, suportada por tecnologias na cloud, que veio resolver estas lacunas, automatizando e simplificando o processo de licenciamento de forma inovadora, permitindo a digitalização de todo o processo de licenciamento. A solução foi criada por uma equipa multidisciplinar, próxima do negócio, que utilizou uma abordagem ágil, com entregas contínuas e alinhamento frequente com os stakeholders. A plataforma garantiu maior eficiência, rapidez e uma experiência melhorada para os utilizadores, contribuindo para um aumento de 26% nas receitas em 2023. Oferece uma experiência simples e intuitiva para os utilizadores, garantindo maior rapidez e acessibilidade. A utilização de tecnologias na cloud assegurou escalabilidade e segurança e a abordagem ágil permitiu adaptações rápidas às necessidades do negócio, alinhando a solução aos objetivos estratégicos da Audiogest.

“Crescemos de forma continuada ao longo de vários anos, mas deparámo-nos com três grandes desafios: crescimento, eficiência e transparência e criação de valor. Começámos a procurar tecnologia que ajudasse a endereçar estes desafios, encontrámos a solução na plataforma da Outsystems. A partir dela, desenvolvemos o centro da nossa transformação, uma plataforma de licenciamento”

“Este portal aplica-se aos grandes grupos empresariais e aos pequenos negócios. Teve de responder à simplicidade, rapidez e ser eficaz. E este foi só o início. Rapidamente alargámos e hoje os nossos comerciais utilizam a app no terreno a prospeção e angariação de clientes. Alargámos a plataforma a todos os processos de cobrança. E integrámos com ferramentas de BI que ornam a decisão muito mais rápida e eficaz, que nos ajudou no processo de desenvolvimento da plataforma a avaliar a consistência dos dados”

“A tecnologia ajuda, mas as pessoas fazem a diferença. O processo foi complexo, mas importante, com integração das equipas da Audiogest e da Glintt Global, com consistência e resiliência. É preciso ter uma visão do caminho para onde queremos ir muito bem vincada e conhecer bem o negócio. E é impossível não errar. O mais importante é sermos resilientes, errar rápido, aprender com isso, ter o feedback do cliente e rapidamente evoluir e fazer diferente. Isso só se faz com monitorização, acompanhamento e envolvimento de todas as partes”

– Sílvia Sá – Head of Licensing Service Business Operations, Audiogest – Associação para a Gestão e Distribuição de Direitos

“A transformação só acontece com tecnologia, processos e pessoas. Foram eles que tornaram possível este caso de sucesso. O papel da Glintt foi colocar as pessoas à disposição e garantir a colaboração entre as equipas”

“Não temos de falar línguas diferentes, temos de saber comunicar e traduzir os desafios e necessidades de negócio, criando soluções e percebendo em conjunto o propósito. Tem sido um fator crítico a colaboração entre quem fala a língua da tecnologia e quem fala a língua do negócio. Para garantir sinergias. Permite um crescimento mútuo”

“Atualmente, cada vez mais, o negócio está sobre o digital. Uma plataforma low code permite fazer tudo. Erramos, mas corrigimos rápido. Permite andar depressa. Mas tem de haver a coragem de saber que esse é o caminho a fazer”

– David R. Castro – Head of Low-Code, Glintt Next (Glintt Global)

PROCESS ENHANCEMENT THROUGH GENAI-DRIVEN

Ter múltiplos estaleiros de construção em diferentes regiões implica o desafio de verificação das guias de remessa, pelo elevado volume de documentos recebidos diariamente, muitas vezes em formato de fotos, que são enviadas pelos estaleiros. O esforço para extrair informações e identificar erros é muito significativo, pelo que a aposta na automatização do processo de gestão e de verificação de documentos é o caminho para reduzir significativamente o tempo e o esforço necessários para esta tarefa, libertando recursos humanos para outras atividades. Foi o que fez a Mota Engil, com a adoção de uma solução da Inetum para melhorar a eficiência operacional e a gestão financeira. Acresce a solução pode ser facilmente implementada para clientes globais com processos de compras em SAP. É utilizada uma aplicação inteligente de GenAI para analisar e classificar documentos, identificando-se automaticamente as ações de processo necessárias. O sistema simplifica o processo de “Receção de Mercadorias”, reduzindo o esforço manual, aumentando a precisão e garantindo operações eficientes. Segurança dos dados, formação das equipas e personalização para atender às necessidades específicas do negócio são outros benefícios. A solução é escalável, alinhando-se com os objetivos de crescimento e de eficiência e excelência operacional.

“A solução resultou dos problemas dos serviços financeiros da Mota Engil Global com as receções de faturas de fornecedores em cada um dos sites nos países serem feitas de forma muito demorada. Acontece pelo menos em 25% dos casos, sendo que o esforço associado à contabilização dos restantes 75% é similar. Foi esta dificuldade que foi endereçada, com uma prova de conceito desenvolvida em 2024”.

“Esta situação representa uma ineficiência operacional muito grande no processo. A ideia foi centralizar a atividade, dividindo a responsabilidade com as pessoas que efetivamente conferem as faturas. Com parte da informação a ser carregada por uma ferramenta de IA, abrindo caminho para a automatização do processo”

“O desafio tem a ver com a organização do grupo, com imensas localizações e sites onde pessoas que têm várias tarefas, o que faz com que a receção de faturas seja feita tardiamente. É uma característica própria, que afeta a área das obras. A complexidade e diversidade levou à vontade de centralizar no backoffice o tratamento destes casos. Estamos no início desta jornada. Vamos aplicar esta ferramenta de uma forma gradual”

– Luís Miguel Pinto Novais – Diretor de Operações Administrativo-Financeiras, Mota-Engil

“Para endereçar a necessidade do grupo, optou-se por uma solução que utiliza GenAI para analisar e classificar os documentos e para os integrar com os processos de compras em SAP. De uma forma escalável, já que o negócio muda de operação para operação. Permite uma redução significativa do esforço, aumentar a precisão para dar a eficiência ao processo, sendo a solução que é escalável e adaptada às necessidades de cada uma das geografias e permitindo realocar os recursos a outras áreas que fazem mais sentido”

“A ferramenta de GenIA indica quais os caminhos possíveis para o processo de receção do documento e para obter informação relevante. A valorização e confirmação são feitas de uma forma totalmente automática, sem necessidade de intervenção humana, através de um agente conversacional. Estamos a transformar os nossos dados em conhecimento que o processo vai apoiar para tomar decisões”

“Foi um caminho este desenvolvimento, para permitir identificar quais os casos de uso e os ganhos de eficiência. A solução é agnóstica a todas as tecnologias, trazendo vantagens para o processo de negócio”

– Luis Gomes Silva – Head of SAP Innovation FabLab, Inetum

STANDARDIZAÇÃO DE IT PARA SUPORTE AO NEGÓCIO INTERNACIONAL

Com operações nas mais variadas geografias, a Mota Engil precisava de endereçar o problema de ter processos diferentes de IT na gestão do utilizador final, assim como ferramentas distintas para cada mercado. O objetivo foi definir e implementar um conjunto de processos, soluções e ferramentas únicas para todos os colaboradores, independentemente da sua localização, e por essa via, aumentar o negócio. O projeto implementado pela Kyndryl, em conjunto com a construtora, envolveu uma alteração de processos, de cultura e de empowerment. Veio permitir uma maior stardardização de processos e de utilização de ferramentas, com a redução do número de problemas, graças à uniformização de procedimentos, assim como um maior foco no negócio.

“A Mota Engil tem apostado nos últimos anos na sua expansão internacional em engenharia e construção. Mas está também em muitas outras áreas. Somos um grupo muito disperso, com muitas realidades e negócios que precisam de IT. Estamos em 20 países. O desafio que se colocou foi como dar suporte ao negócio e governar e ajudar em todos estes países. A escolha do parceiro assentou em sentir que tinha capacidade internacional, com tecnologias diferentes, e ajudar-nos em termos de governo”

“Tentamos escolher processos para Portugal que sejam aplicáveis a outros países. Com casos de uso muito simples, que permitem agilidade e visibilidade. Conseguimos ter um raciocínio comum por detrás na análise, para identificar problemas comuns”

“Sendo um grupo tão grande, não conseguimos centralizar todos os projetos em Portugal ao nível do IT. Há muitos países que têm competências para fazer projetos. Queremos passar este espírito de equipa para outros mercados, em parceria com a Kyndryl, dando visibilidade aos colegas fora de Portugal e garantir que andamos mais depressa, através de provas de conceito. O negócio não sobrevive sem o IT”

– António Roque – Head of IT, Mota-Engil

“Há uma grande complexidade no grupo em tudo o que não é relacionado com o IT, mas que precisa dele. Na Kyndryl, estamos muito focados na modernização da infraestrutura de IT dos nossos clientes, não como fornecedor, mas como um parceiro. Não focar na tecnologia, mas sim nas pessoas, na necessidade de transformar os negócios, com capacidade de reinvenção com tecnologias novas e transformação. O processo é feito em cocriação, como na Mota Engil, procurando a melhor solução para cada desafio”

“Temos a capacidade de trazer experiências de outros países para este processo de transformação. Vamos adaptando e criando soluções, standartizando e replicando noutros mercados”

“Tentamos tirar partido do conhecimento que temos internacionalmente e conseguir replicá-lo. A Mota Engil é muito ágil e rápida a fazer pedidos. Olhamos para a capacidade de standartizar muito rapidamente, de como conseguir responder em pouco tempo com ela. Depois, é tentar tirar partido do conhecimento e trazer a tecnologia que faz sentido para cada mercado. Há uma procura contínua das soluções que fazem sentido”

– Paulo Pinto Coelho , MBA – Diretor – Consult Partner, Kyndryl

PLATAFORMA DIGITAL OUT OF HOME MARKETING

Permitir aos seus clientes de publicidade outdoor (redes de mupis e outdoors), a análise quantitativa da eficácia das suas campanhas, através da medição de desempenho de cada um dos ativos de publicidade, era o grande objetivo da Dream Media. Para dar resposta a esta necessidade, construiu uma plataforma inovadora Digital-Out-of-Home (DOOH), alimentada pelos dados de padrões de comportamento e fluxos de mobilidade de pessoas, fornecidos pela solução Geo Analytics da MEO Empresas. O que permitiu aos anunciantes chegarem aos públicos-alvo certos, no momento certo e no local certo. Foi realizado um upgrade da rede para 10G, com equipamentos tecnologicamente mais avançados e com menor consumo energético, disponibilizando a solução Geo Analytics indicadores de fácil interpretação e grande relevância para uma tomada de decisão data driven, permitindo ações com maior impacto, mais sustentáveis e que se traduzam numa melhor experiência para os seus consumidores.

“Este projeto é o primeiro marketplace para compra de publicidade out of home. Tínhamos desde o início definido este objetivo para conseguir potenciar a compra de publicidade no digital, dentro do out of home, criando uma plataforma que permitisse às marcas, de forma desmaterializada, fazer esta compra de forma simples, direta, com dados robustos. Foi aí que entrou a parceria com a MEO, para garantir a robustez e segurança”

“Através da plataforma, as marcas, agências e profissionais de planeamento podem segmentar e comparar e conseguir criar uma campanha segmentada especificamente para o propósito que querem. Todo o nosso portfolio é possível se ser comprado através desta plataforma”

“Com a plataforma Geo Analytics a qualidade da amostra tem uma grande importância. Estamos a falar de uma cobertura de quase 60% da população nacional, o que é uma base robusta de análise. Queríamos era atingir uma cobertura nacional verdadeiramente significativa, com cobertura fora dos grandes centros. Foi nesta medida que a solução da MEO nos trouxe vantagens competitivas. Conseguimos criar targets de audiências que os clientes valorizam. Com isso fizemos um push da proposta de valor, com componentes muito valorizadas”

– Hugo Baptista – Diretor de Marketing, Grupo DREAMMEDIA

“Esta plataforma bebe informação da solução Geo Analytics da MEO. Permite dar a conhecer padrões e fluxos de mobilidade de pessoas, caracterizando-os por escalões, género, proveniência, entre outras. A Dreammedia tinha uma necessidade muito concreta de medir e monetizar a sua oferta, para os clientes saberem que percentagem do seu segmento estão a conseguir captar nas localizações onde fazem publicidade”

“Este é um caso em que a tecnologia acrescenta imenso valor. Conseguiu-se na prática dar um serviço com valor acrescentado, ao dar informação relevante para quem compra ativos de publicidade”

“A solução aplica-se a outros clientes, como autarquias, em áreas como o turismo. Traz uma riqueza muito grande também a hotéis, que ficam a saber os perfis dos clientes e os targets. Assim como na mobilidade, para transportes de passageiros. Porque se conseguem estabelecer matrizes de origens e destinos, fazendo análises de mobilidade, com horas e dias de congestionamento, percursos. Há um leque de informação muito rico”

– Inês Ferreira – Diretora de Produto ICT, MEO Empresas

PORTAL DE GESTÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DO PORTO

O desafio foi definir e implementar uma estratégia de modelo de governance dos dados e dos sistemas de informação de gestão, assim como a uniformização de conceitos e processos entre serviços da Autarquia do Porto, através da criação de um único ponto de partilha de informação disponível em tempo real. A meta era potenciar o uso dos dados para uma tomada de decisão mais célere, estruturada, correlacionando vários dados e indicadores e potenciando uma visão global do município. A solução passou por pela implementação de metodologias de modelo de governance dos dados e dos sistema de informação de gestão e pela análise, desenho e implementação da uma plataforma analítica única, o “Portal de Gestão”, para suporte transversal aos serviços da autarquia. Implicou ainda a definição de um modelo de manutenção corretiva, evolutiva e de gestão da mudança e a análise e redefinição de processos e modelos dentro dos serviços municipais. A implementação deste modelo de Data-Driven foi faseada e gradual, exigindo a transformação digital dos serviços municipais e o aumento de data literacy na autarquia. O Portal de Gestão da Câmara do Porto é agora uma plataforma analítica centralizadora de dados, com mais de 600 indicadores de mais de 20 serviços municipais.

“O portal de gestão é uma ferramenta analítica, que permite agregar dados estruturados e não estruturados, assim como indicadores e relatórios, fundamentais para a atividade do município. Permite aos serviços tomar decisões com base em dados reais e fidedignos para a cidade”

“O projeto já vem de 2012 e está em franco crescimento. Surgiu num momento de transformação da AP, que começou a trabalhar muito por indicadores, que eram ainda poucos e sem analítica. A abordagem começou de forma moderada, com três áreas – RH, gestão documental e qualidade. Agora, a visão é completamente diferente. O portal deixou de ser transversal e é muito mais virado para as áreas de negócio, incluindo todas as áreas para prestação de serviços ao munícipe”

“Há um impacto direto na vida do munícipe, o nosso cliente. Uma das áreas com mais visibilidade é a do atendimento ao cliente, com o reforço do online, dados em tempo real e uma gestão 360, de acordo com a procura e as tendências. Ajuda no tempo real e na planificação a curto e médio-prazo. Outra é a da sustentabilidade, área onde não há nada que não esteja planificado através do portal de gestão”

– Luísa Roseira – Diretora Municipal Sistemas de Informação, Câmara Municipal do Porto

“O processo de implementação de um projeto como este começa sempre por perceber o estado de maturidade da organização e definir os modelos de governança dos dados. E quais os temas e indicadores necessários para alcançar os outputs necessários. Implica todo um processo de transformação da cultura dos dados, tornando os serviços mais friendly. É uma solução moldável e adaptável: começámos pequeninos e neste momento temos uma dimensão muito maior, adaptável à medida das necessidades”

“São 14 anos de projeto, o que implica todo um trabalho de equipa. A tecnologia é importante, mas as pessoas e as equipas são mais e a nossa percebe muito bem o negócio, que não é fácil, mas sim muito complexo. A necessidade constante de integração de novos sistemas é um desafio, para fornecer os dados que são necessários. Mas há uma visão consolidada da autarquia do Porto do que quer e para onde quer ir”

– Rui Castilho Dias – Manager, Minsait

REDES AO SERVIÇO DA DIGITALIZAÇÃO DE UMA CIDADE

O processo de digitalização das organizações está a acelerar não só no sector privado, mas também em todas as entidades que prestam serviços públicos. O que exige um aumento da conectividade crítica e de alta capacidade e desempenho, que dê resposta às necessidades crescentes. Com uma rede de fibra ótica que interliga várias entidades, quer camarárias, quer outras de referência, como os vários polos da Universidade do Porto (UP), a FCCN ou a IP Telecom, a Porto Digital avançou por isso com um upgrade da rede para 10G, com equipamentos tecnologicamente mais avançados e com menor consumo energético. O projeto, desenvolvido pela Nokia, permitiu um aumento da capacidade, maior resiliência e melhor eficiência energética e operacional, decorrendo de forma gradual, para garantir que não existiriam disrupções a Metro do Porto, e visa a promoção de projetos nas TIC.

“O nosso maior cliente é a divisão de mobilidade da Câmara Municipal do Porto. Assim como a rede wi-fi da cidade, que tem registado um crescimento muito grande. E conseguimos colocar uma rede de sensorização em termos ambientais, que traz muitos dados sobre o estado da cidade. Estamos ainda a estudar a integração das estações da STCP, para as dotar de conetividade com interligações de baixo custo”

“Como operador de telecomunicações, somos regulados pela Anacom. Temos obrigações a cumprir e somos um operador neutro, para fornecer acesso a outros. Tivemos ainda de expandir para um data center, para uma visão mais municipal, que funciona num modelo Amazon Web Services (AWS) em rede privada, o que permite maior proteção. Com capacidade de escalabilidade para dar resposta a desafios futuros e novas necessidades”

“As redes são pensadas para terem clientes. A expansão de fibra ótica acontece de forma regular todos os anos. E há necessidades que estão sempre a mudar. O futuro está em aberto e a nossa rede chega a todo o lado. Porque é tudo muito próximo”

– André Sá Miranda – Diretor de Infraestruturas e Operação, Associação Porto Digital

“A nossa utilização da rede da Porto Digital nasce de problemas sérios de segurança. Tivemos ataques ao software de gestão de tráfego, o que nos levou a evoluir para uma rede de elevada fiabilidade. Temos 300 instalações luminosas e 5,4 mil semáforos, mas menos de 30% era controlado remotamente”

“Apostámos na sensorização e hoje temos mais de dois mil sensores e a escalar, pelo que cada vez temos mais necessidade de utilizar esta rede, à medida que vamos substituindo equipamentos obsoletos por mais sensorização. Já incorporamos também todos os equipamentos inteligentes de tráfego”

“Em termos de mais-valia, para além da segurança, temos uma miríade de situações em que podemos de forma fácil escalar mais equipamentos na rua. Como as câmaras de videovigilância”

– Bruno Eugénio – Chefe da Divisão Municipal de Gestão da Mobilidade, Câmara Municipal do Porto

“A rede da Porto Digital nasceu há mais de uma década, o que mostra a visão e pioneirismo da Associação Porto Digital na digitalização da cidade. Foi desenhada com robustez, disponibilidade e elevado desempenho. E tem evoluído em função das necessidades das entidades que a utilizam”

“No final do ano passado, foi implementado um upgrade com atualização do software e do sistema de gestão, tornando a rede ainda mais robusta. Está hoje preparada para responder às necessidades futuras das várias entidades e tem um grande potencial de crescimento”

– Helena Ramos – Enterprise Sales Manager, Nokia

CAIXA NO METAVERSO - UM MUNDO ABERTO A TODOS

Com o desafio de inovar e de se destacar no competitivo setor bancário português, especialmente num cenário em que a digitalização e a inovação tecnológica são cruciais para atrair e reter clientes e jovens talentos, a CGD definiu como prioridade desenvolver uma experiência de recrutamento diferenciadora e dar a conhecer o banco de forma inovadora, interativa e abrangente. Para endereçar esta necessidade, a NTT DATA criou uma solução de realidade virtual, que levou o banco, pela primeira vez ao metaverso através da plataforma Spatial. Esta experiência, denominada de Metacircle, é um espaço da CGD inspirado no conceito “The Beginning of Things”. Esta ideia representa o espírito de constante evolução do banco, para convidar os novos talentos e os clientes a fazer parte da transformação digital e a contribuir ativamente para a mudança. A CGD passou assim a ser o 1º banco a desenvolver um metaverso aberto a clientes e não clientes e a posicionar o seu CEO como figura central da experiência virtual, que abre até espaço ao desenvolvimento de negócio.

“O espaço da CGD no metaverso é aberto a todos, completamente público. Tudo surge com o desafio de como o grupo poderia atrair os jovens saídos da faculdade, criando empatia e dando a conhecer o que poderiam ter ao nível de funções no banco. Nada melhor do que o fazer de forma rápida e impactante através do metaverso”

“O conceito foi evoluindo para as próprias empresas, num espaço da CGD no metaverso que ainda está inacabado e em permanente construção. Criámos um espaço que é o início de algo que se está sempre a reinventar e a construir. Permite conhecer a CGD e o que tem atualmente em termos culturais, de edifícios, incluindo a nova sede que terá no futuro, iniciativas e produtos e serviços”

“O projeto tem apresentado resultados. Foi feito num período de tempo curto e teve logo impacto. Muitas vezes, para nos diferenciarmos enquanto marca, temos de fazer as coisas de forma diferente. Inovar é o caminho e no caso da CGD, será potenciado muito mais no futuro para outras áreas”

– Inês Mendes– Digital Experience Director, NTT DATA Portugal

PLATAFORMA UNIFICADA DE GESTÃO DE DADOS DO PACIENTE

A existência de uma estrutura de dados fragmentada por clínica, com uma gestão descentralizada da jornada do paciente, criando ineficiências operacionais e comerciais, foi identificada como um desafio a endereçar na Smile.up. A solução passou pela implementação de Salesforce como plataforma unificada, o que permitiu a centralização de todos os dados operacionais e relacionados com os pacientes. Ao integrar funções essenciais, criou uma visão holística da jornada do paciente, desde a captação de leads até à conclusão do tratamento, fornecendo insights acionáveis para melhorar o desempenho comercial. Entre os benefícios já identificados estão a melhoria da experiência do cliente, através de uma jornada integrada, uma maior eficiência operacional, o aumento das receitas e um crescimento escalável, já que existe capacidade de expansão dos serviços e operações sem perder clareza ou qualidade operacional. Implicou uma verdadeira abordagem estratégica, com integração de processos, uma nova cultura organizacional e a aposta na formação. Com aposta na gestão da mudança, no planeamento detalhado e adaptabilidade, na valorização da centralização de informação e numa visão a longo prazo.

“Temos um mercado muito competitivo, limitado geograficamente e em escala, com a sua literacia digital. O que tentamos fazer é ajudar as empresas em Portugal a encontrar um objetivo muito concreto, para entregar mais valor e impactar o país”

“Um dos passos do projeto para o futuro é a interação com inteligência artificial com o cliente, no contexto de toda a informação criada no âmbito da Smile.up”

– Tiago Machado Scherer – Sales Manager, Salesforce

“Quando o projeto da Smile-up nasceu, tinha um conceito diferenciador. Mas com o passar do tempo precisámos de maior diferenciação. A solução adotada permitiu uma maior capacidade de interação com o cliente, de forma mais próxima e intensa. Com missão de transparência”

“O que nos diferencia de outros players deste mercado éesta aposta tecnológica em torno do paciente, que é colocado no centro da atividade. E com uma melhoria operacional que nos permite ser muito mais eficientes”

– José António Rodriguez Fernandez – Director de Operações, Smile.up

“Com este projeto, temos um conceito interligado e todo um ecossistema em Salesforce, que permite trazer valor para o cliente. Com ligação total à empresa. Conseguimos ter ligações de leads que vamos angariando em clientes, que chegam de qualquer canal, perceber as suas necessidades e garantir todo o seu acompanhamento, com interação”

“Transformámos operacionalmente a Smile.up e todos os conceitos de processos e minsets. Com a solução, garantimos várias camadas de informação ao paciente na sua jornada efetiva. Temos todo o tipo de ações necessárias, que garantam o melhor acompanhamento possível e gestão financeira em tempo real”

“Não nos limitámos a transformar apenas o conceito de hashtag#CRM. Em Salesforce, foi possível com alguma customização ter uma visão do calendário diário, para automatização de recursos. E está sempre tudo ligado com SAGE X3”

– Leandro Rocha – Chief Information Officer, Smile.up

5G PRIVATE NETWORKS APPLIED TO HEAVY INDUSTRY

A ambição foi a melhoria de processos, através da digitalização de diversos procedimentos de operação e manutenção. O que implicava a modernização da infraestrutura de comunicações, para permitir uma cobertura adequada de toda a área fabril. Consideradas as várias soluções, conclui-se que o 5G era tecnologia mais adequada, pela sua fiabilidade, capacidade de cobertura, segurança e performance. Assim, foi implementada uma rede privada móvel 5G SA (standalone) para suportar a digitalização da fábrica da Cimpor de Alhandra, para tornar mais eficientes os processos operacionais. O objetivo foi endereçar alguns use cases: manutenção em mobilidade, com assistência remota com óculos de realidade aumentada para intervenções locais e manutenção preditiva de equipamentos críticos; videovigilância inteligente de instalações, com câmaras específicas; sensorização de alta precisão e sem fios (permitindo monitorizar o funcionamento em tempo real e detetar preventivamente falhas em equipamentos); inspeção remota colaborativa de instalações (com recurso a drones, para reduzir tempo e gastos e aumentar segurança dos colaboradores); e visualização virtual de infraestruturas a partir de um digital twin (representação digital das instalações), permitindo uma visão de conjunto. A solução constitui a base para o processo de digitalização das fábricas da Cimpor, essencial para a alteração estrutural da forma como opera, garantindo um futuro mais eficiente e sustentável. E implicou mudanças nos processos internos e na cultura organizacional.

“Há já quatro uses cases em produção na Cimpor, que tem operações espalhadas por todos os continentes. Além de ser intensivo em termos de consumo energético, a indústria de cimentos é muito intensiva em criação de dados. O desafio foi conectar os oito mil equipamentos das unidades fabris no país e aumentar a sua eficiência e sustentabilidade”

“O projeto foi ainda uma oportunidade para dar uma nova forma de trabalhar para as novas gerações. Estamos a digitalizar o conhecimento das equipas que têm mais experiência, para permitir que a nova geração se sinta mais facilitada no local de trabalho”

“Já temos quadro use cases implementados: a inspeção com drones, que permite uma inspeção inovadora em tempo real; a monitorização de equipamentos, através de sensores de IoT, para manutenção preditiva,; a utilização de smart glasses, para manutenção assistida e suporte avançado remoto; e as câmaras de alta definição, para monitorização de equipamentos com recurso a sobreposição de imagens. E estamos já a realizar dois novos use cases: inspeção indoor e a condução autónoma na pedreira de Loulé”

– Tiago Soares – Information Technology Director, CIMPOR

“Temos um projeto já em produção, com conetividade 5G e outros enablers fundamentais. O que falta muitas vezes às empresas é a visão, a partir de casos de uso âncora, para alavancar outros projetos”

“O tema da cultura e as novas formas de trabalhar têm impacto na vida das empresas, pelo que é fundamental acompanhar os projetos. Para ajudar nesta jornada de transformação”

– Guilherme Rocha Alves – Enterprise Account Director, Ericsson

“O projeto assenta numa uma rede privada 5G, com uma infraestrutura completamente dedicada à Cimpor. Traz benefícios que aportam ainda mais valor face à rede onde assenta. A começar pela segurança, porque ninguém tem acesso à rede. E a previsibilidade na gestão dos recursos, porque a rede não é partilhada com outros clientes. Tudo isto é feito com uma gestão em conjunto com o cliente”

“É um projeto pioneiro e uma área que está a dar os primeiros passos. O papel da Vodafone no projeto foi consultivo, depois de conhecer a ambição da Cimpor em digitalizar os processos. Avaliámos diferentes metodologia de conectividade e a rede privada hashtag#5G surgiu como a opção que fazia mais sentido. Com a Ericsson, temos uma forte experiência de redes móveis, pelo que definimos qual a melhor opção. Passada a fase de implementação, apoiamos a Cimpor ao longo da vida do projeto, fazendo a gestão da rede à medida das necessidades do grupo”

– Ricardo Raposo – Manager Pre-Sales & Solutions Design, Vodafone Portugal

WRAP-UP | Pedro Santos Guerreiro, Diretor Executivo, CNN Portugal
ENCERRAMENTO | Rogério Carapuça – Presidente, APDC

“A transformação digital é a transformação das organizações e dos processos com tecnologia, para obter um melhor desempenho. Se usarmos tecnologia, mas mantivermos um processo igual ao que usávamos, não estamos a fazer transformação digital. Implica mudar mesmo a organização pô-la a funcionar de forma diferente”

“Para mudar a organização é sempre preciso engenho e vencer resistências. Entusiasmar as pessoas e liderar. Mudar a forma de trabalhar no dia a dia. Por isso, era muito importante trazermos exemplos do que é que já fizeram outros para transformar digitalmente a sua organização e inspirar a fazer o mesmo. Nada como aprender com os sucessos de quem já fez, para podermos fazer melhor”